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Feminicídios diminuem 22% em Mato Grosso no primeiro semestre

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Os crimes de feminicídio em Mato Grosso diminuíram 22% no primeiro semestre de 2023 em relação ao mesmo período de 2022. Segundo o levantamento “Mortes Violentas de Mulheres e Meninas em Mato Grosso”, divulgado nesta quinta-feira (03) pela Polícia Civil, foram 18 mortes neste ano contra 23 registradas em 2022.

O número de homicídios de mulheres no estado também apresentou redução. Foram 43 em 2023 contra 51 no ano passado, num total de 16% de casos a menos. Essa é a maior redução nesse tipo de crime desde 2020, quando o estudo começou a ser realizado com base nos inquéritos policiais.

Das 43 mulheres mortas nos primeiros meses deste ano, entre feminicídios e homicídios, 79% estavam em plena idade produtiva e tinham entre 18 e 49 anos. Em relação às vítimas de feminicídios, 89% delas foram mortas por companheiros, namorados ou ex-parceiros.

Do total dos crimes, 72% ocorreram no ambiente doméstico, ou seja, nas residências das vítimas. O principal meio empregado foi a arma de fogo, em 68% das mortes, seguido de outras armas brancas (faca, canivete, facão).

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O estudo da Polícia Civil aponta ainda que, em 36% dos assassinatos, as vítimas tinham envolvimento com organização criminosa e outros 20% foram motivados por rixa, vingança ou motivos fúteis.

Entre as 18 vítimas de feminicídio deste ano, quatro delas tinham medida protetiva e nove haviam registrado boletins de ocorrência relatando situações anteriores de violência cometidas pelos autores dos crimes.

Quarenta e dois autores dos homicídios foram identificados e indiciados, o que corresponde a 58% dos inquéritos policiais já esclarecidos, concluídos e enviados ao Poder Judiciário. Entre os assassinos identificados, 20 deles têm ligação com facções criminosas, dois foram mortos e um cometeu suicídio.

O Relatório
Produzido pela Diretoria de Inteligência da Polícia Civil, o estudo “Mortes Violentas de Mulheres e Meninas em Mato Grosso” traz um detalhamento sobre o local dos homicídios e meio empregado, solicitação de medidas protetivas, perfis das vítimas, vínculo entre vítimas e autores dos crimes, índice de resolução e prisões e os efeitos da violência contra mulheres.

Para a delegada-geral da Polícia Civil, Daniela Maidel, o levantamento ajuda a compreender a violência doméstica, deixando claro o risco a que as mulheres estão submetidas quando vivem em situação de violação de direitos.

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“Esse panorama que reúne dados importantíssimos sobre quem é a vítima e como ocorreram esses crimes auxilia o Estado a conhecer e a trabalhar na elaboração de ações de enfrentamento a violência contra as mulheres, para a redução dos feminicídios em Mato Grosso”, pontuou a delegada.

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