PRISÃO EM LIDER DE QUADRILHA

Juiz mantém prisão de líder de quadrilha que girou R$ 3 mi com carros de luxo

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O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, negou um pedido de revogação da prisão do empresário Wellington de Moura Sanches, suspeito de liderar uma organização criminosa especializada em roubar e vender carros de luxo em plataformas digitais, como a OLX.

Em sua decisão, o magistrado apontou que o suspeito coordenava as ações do grupo e fornecia armas, veículos e até mesmo locava imóveis para a prática dos crimes.

Segundo a ação, um relatório técnico elaborado em 2021, após a quebra de sigilo bancário do empresário, apontou que o ele movimentou valores expressivos entre o período de janeiro de 2018 a setembro de 2019, no total de R$ 2,9 milhões, e que 20% deste montante não foram identificados.

A Polícia Judiciária Civil (PJC), que investiga a organização criminosa, ainda revelou que houve uma grande movimentação de valores, no período do afastamento de sigilo, entre as contas correntes de Edson da Silva Taques Junior e Rosana dos Santos Marques, que também fariam parte da quadrilha, além da RBR Veículos, empresa que seria utilizada para a lavagem de dinheiro assim como Wellington Sanches.

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Foram identificados o fracionamento de depósitos e saques, além de uma “confusão patrimonial” entre os investigados. De acordo ainda com as investigações, a quadrilha liderada por Wellington de Moura Sanches “recrutava” criminosos para os roubos de carros de luxo – fornecendo, inclusive, armas de fogo e locais para guarda dos veículos. Posteriormente, os bens eram comercializados a preços abaixo do valor de mercado em plataformas online de vendas, como a OLX e também o Facebook.

Na decisão, o magistrado destacou que Wellington Sanches foi denunciado por, supostamente, ser líder da organização criminosa, exercendo a função de coordenador das execuções dos roubos de veículos praticados, oferecendo a logística necessária através do fornecimento de armas, veículos de apoio e locações de imóveis. Outro ponto destacado pelo juiz foi justamente a incompatibilidade de sua renda declarada com as movimentações de sua conta bancária.

“Corroborando com as acusações, as alegações finais apresentadas pelo órgão ministerial mencionam a existência de diversos documentos, como contas de luz de imóveis alugados, em tese, para ocultar e adulterar os veículos, RG falso, contratos de locação, apólices de seguro, dentre outros, bem como circunstâncias que o vinculam aos demais corréus, havendo imagens, vídeos e áudios, o que aponta a possível autoria intelectual por parte de Wellington.

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Ainda, como mencionado nas decisões anteriores, a análise do Relatório de Inteligência Financeira apontou que movimentação financeira na conta bancária de Wellington foi incompatível com a sua renda declarada ou presumida, tendo movimentado, no período de 08 de maio de 2020 a 11 de novembro de 2020, R$ 2.612.322,00”, diz a decisão.

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No mesmo despacho, o magistrado também agendou para o dia 19 de julho uma audiência de justificação para ouvir o réu Diogo Rogers do Nascimento Correa, também investigado na ação. O suspeito, que foi solto com o uso de tornozeleira eletrônica, está com o dispositivo desativado desde o dia 1 de abril deste ano.

“Considerando a informação de que o aparelho de monitoramento eletrônico de Diogo Rogers do Nascimento Correa encontra-se sem comunicação desde o dia 01/04/2023, defiro o pedido ministerial e designo para o dia 19/07/2023, às 16h50min, audiência a ser realizada com o fim de possibilitar que o aludido réu justifique o descumprimento da medida cautelar a ele imposta”, diz o despacho.

 

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Lucas do Rio Verde

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