Justiça nega trancar ação de líder do CV que envolveu tia, prima e esposa em crimes

A Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJMT) manteve o processo que revelou a atuação de parentes de “Sandro Louco” – apontado como principal líder do “Comando Vermelho” em Mato Grosso -, na prática de crimes.

Os magistrados seguiram por unanimidade o voto do desembargador Rui Ramos, relator de um habeas corpus ingressado por Alessandra Rabelo Uszko, prima e “irmã de consideração” de Sandro Silva Rabelo, o “Sandro Louco”. A sessão de julgamento ocorreu na manhã desta quarta-feira (12).

De forma resumida, Rui Ramos não acatou o pedido pois não havia “flagrante ilegalidade” contra a suspeita nos autos, hipótese que pode motivar o trancamento da ação penal, equivalente à absolvição do processo.

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Segundo as investigações, embora não exerça nenhuma atividade laboral conhecida ou tenha vínculo empregatício, Alessandra Rabelo Uszko adquiriu em 2021 um lote no Núcleo Habitacional Cristo Rei, pelo valor de R$ 70 mil, pagos à vista, em espécie. Sua defesa aponta que a única conduta criminosa imputada a ela é a aquisição de um imóvel sem aparente comprovação de renda.

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A mãe de Alessandra, identificada como Irene Rabelo Uszko, considerada por “Sandro Louco” como sua “mãe”, por sua vez, sofreu o sequestro de um Volkswagen Nivus, avaliado em R$ 124,5 mil, e três terrenos, que somam R$ 180 mil. Ela foi flagrada nas diligências da operação “Ativo Oculto” com mais de R$ 36,5 mil.

A operação “Ativo Oculto” cumpriu 271 mandados judiciais – 34 de prisão, 112 de bloqueios de bens e 125 de busca e apreensão. Os alvos são lideranças da facção e pessoas envolvidas ou beneficiadas com lavagem de dinheiro e ocultação de bens proveniente de crimes praticados pelos membros da facção criminosa.

De acordo com o Gaeco, o casal “comanda” o CV no estado, apontando que Thaisa seria o “braço social” da organização, responsável pela distribuição de cestas básicas à comunidade carente e a famílias de membros da facção que estão presos.