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Mãe de menina morta relata comportamento do marido que confessou abusar da filha

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A professora sabia que Givanildo já havia matado um homem e de histórico de violência contra mulheres

Casa trancada durante toda a tarde, mesmo em dias de muito calor, com um homem de 33 anos no interior, a filha de 8 meses e uma criança de 11 anos, enteada dele, que era impedida de brincar fora da residência com outras crianças da comunidade. Um padrasto possessivo e que gritava com essa enteada, e uma mãe que também a repreendia aos berros. Esses foram os relatos de vizinhos de Givanildo Rodrigues Maria à polícia.

Foram também as informações dos vizinhos que ajudaram a polícia a começar a desvendar o caso, cujo desfecho trágico foi o assassinato de Kameron Odila Gouvêa Osolinski, de 11 anos. A menina havia desaparecido na quarta-feira (26), e o corpo foi encontrado na quinta-feira (27), graças à pista seguida pelos vizinhos, que viram Givanildo saindo de carro, em alta velocidade, por volta das 14h30 do dia anterior, em direção ao Mirante, local onde o corpo foi encontrado parcialmente encoberto por folhas, apenas de calcinha.

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Depois disso, com o passo a passo do caso sendo noticiado, o padrasto foi preso e levado para Antonina, onde teria afirmado que a criança foi para a casa de uma amiga fazer trabalho de escola. O fato foi negado pela família dessa amiga, onde Kameron já não ia há pelo menos dois meses.

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Na delegacia, Givanildo foi ouvido pelo delegado Isaías Fernandes Machado. De lá, foi transferido para a Cadeia Pública de Paranaguá, de onde saiu com alvará de soltura na noite de sexta (28). No entanto, neste sábado (29) pela manhã, ele chamou a polícia e pediu para voltar para a prisão, confessando que havia matado a menina.

Já na delegacia, em depoimento ao delegado Nilson Diniz, ele declarou que estuprou Kameron, a matou e ocultou o corpo em seguida. Ele afirmou, nessa nova declaração, que havia sido a primeira vez que cometeu o ato com a criança, que resistiu, e ele a asfixiou para conseguir consumar a relação sexual. Ao perceber que havia matado a enteada, colocou o corpo no carro e o escondeu na área de mata.

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Depois disso, Polícia Civil e Ministério público pediram que a Justiça decretasse a prisão preventiva de Givanildo, na tarde deste sábado (29).

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Vários sinais

Muitas marcas de pegadas de sapato sujo de barro e mato. Foi assim que a mãe de Kameron, a professora Mayrah Merilin Dorigon Gouvea, 30 anos, encontrou a sala de casa na quarta-feira (26), ao voltar da escola onde trabalha. Ela afirmou, em depoimento à polícia, que não desconfiou de nada quando chegou em casa naquele dia, que foi o da morte da filha mais velha.

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Mayrah disse ao delegado de Antonina que apenas reclamou com o marido devido ao ambiente estar sujo, mas limpou a sala para que a filha do casal, de apenas oito meses, pudesse ficar no local. A professora foi ouvida na delegacia de Antonina já na madrugada de sexta-feira (28), após o corpo de Kameron ser localizado.

O JB Litoral, parceiro da Banda B, teve acesso ao depoimento e revela detalhes do que contou a mãe da criança.

Mayrah afirmou que ela e Givanildo se conheceram há 15 anos, ela com 16 e ele com 19, que queriam namorar, mas sua mãe não deixou. O casal se reencontrou depois que ambos já tinham filhos e estavam separados, quando começaram a namorar e a morar juntos, há dois anos e sete meses, e têm uma bebê de oito meses.

A professora detalhou que a rotina dela é trabalhar das 13h às 17h, em escola perto de casa, no mesmo bairro, em Ipanema do Norte. Kameron estudava pela manhã e chegava em casa minutos antes da mãe ir trabalhar. Ela cuidava da irmãzinha enquanto o padrasto levava a mãe para a escola, de carro. Depois, Kameron ficava em casa durante a tarde, com a bebê e o padrasto.

 

 

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