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Membros de facção criminosa são condenados há 35 anos de prisão, por aplicar “salve” em adolescente de 15 anos

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Cinco membros do Comando Vermelho foram condenados a 35 anos de reclusão por integrarem organização criminosa, aplicar “salve” em um adolescente de 15 anos e depois roubar seus pertences, no município de Nova Mutum (240 km de Cuiabá), em 2020. A sentença foi proferida nesta quarta-feira (6), pelo juiz da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, Jean Garcia Freitas Bezerra.

Foram condenados por organização criminosa e tortura Fabiano Ferreira Lima vulgo “Gaspar”, Wemerson da Cruz Martins vulgo “Mulçumano”, Genival Francisco Gomes “Geninho”, Yago Malheiros “Escobar” e Jenilson José da Costa, vulgo “Mago”. A cada um, o magistrado aplicou pena de 7 anos de reclusão e treze dias multa, em regime inicial fechado. Eles foram proibidos de recorrerem à sentença em liberdade pelo risco que representam à ordem pública.

Segundo a denúncia movida contra eles pelo Ministério Público Estadual (MPE), inquérito policial deu conta de que em setembro de 2020, em Nova Mutum, os membros do Comando Vermelho submeteram a vítima, adolescente de 15 anos, ao procedimento de tortura conhecido como “salve”.

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O castigo ao menor de idade foi empregado pelo fato de que ele teria furtado alguns celulares, tendo sido apreendido um dia antes da tortura. Ao tomar conhecimento sobre o crime praticado pelo adolescente, os denunciados o abordaram enquanto ele transitava pela rua.

Na ocasião, o denunciado Wemerson, vulgo “Muçulmano”, que atua como “disciplina” da organização, sendo o responsável por castigar possíveis transgressores das regras da facção, atendendo à determinação de Fabiano, vulgo “Gaspar ou Fedô”, ora líder em Nova Mutum, abordou a vítima e, na companhia “Geninho”, “Mago “Escobar” e “Rô”, a encurralaram contra uma parede e contra ela passaram a desferir violentas pauladas, conforme evidenciado em gravação feita pelo implicado “Escobar”.

Foi constatado ainda nas investigações que os membros empregaram violência contra o adolescente para castiga-lo e, além disso, subtraírem os aparelhos de celular que ele havia anteriormente roubado.

Interceptações nos celulares ensejaram na investigação policial, que culminou na representação de prisão contra os denunciados e, por fim, com a denúncia ingressada pelo MPE, que pediu à justiça a condenação de todos eles por organização criminosa, roubo majorado e tortura.

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