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INJÚRIA

Mulher diz ter sido ameaçada e xingada de ‘macaca’ ao desistir de compra na internet

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Amanda Rondão conta que vendedora exigiu metade do valor antes de entregar o produto e deu uma chave Pix com um nome diferente.

Uma mulher do Rio de Janeiro diz ter sido vítima de injúria racial e ameaçada ao não dar prosseguimento a uma compra on-line e registrou queixa na polícia.

Amanda Rondão, de 35 anos, contou que no dia 3 se interessou por um tênis infantil anunciado numa plataforma na internet por uma Graciela Oliveira e perguntou, por mensagem, se havia o número do calçado para seu filho. A ideia era buscar o produto pessoalmente e pagar na entrega.

A compradora afirmou que a vendedora exigiu um sinal de 50% para que pudesse fechar o negócio. Amanda não concordou.

 

“Eu agradeci e falei que não faço compra pagando metade do valor. ‘Se a senhora quiser me entregar na estação [de metrô], eu pago no ato da entrega’. Aí ela começou a me insultar”, afirmou Amanda. “Macaca chita”, “crioula da senzala” e “preta do cabelo duro” teriam sido alguns dos xingamentos.

“Depois que eu a bloqueei no perfil de vendas, por conta dos primeiros insultos, ela começou a me mandar mensagem de um outro número. O que está me preocupando é que não sabemos se ela está perto ou longe. Ela ameaça, fala que vai dar tiro, que vai entrar na nossa casa, que sabe onde a gente mora”, relatou.

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Pix com outro nome

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A família de Amanda teve a ideia de pegar o número por onde as ameaças foram feitas para simular um pagamento por Pix. A chave estava cadastrada como “Kelly Mendes da Conceição”.

Amanda foi buscar o histórico da vendedora e achou uma publicação de uma outra mulher que afirmava ter levado um golpe de Graciela. Na publicação, a suposta vítima dizia que havia feito o depósito na chave de Kelly e que depois foi surpreendida — o item comprado não existia.

“A gente chegou à conclusão de que a pessoa que xinga é essa Kelly, que usa esse nome fictício de Graciela para aplicar golpe nas pessoas e depois ela intimida, fala que vai dar tiro, que vai atrás da pessoa e tudo”, declarou.

A filha de Amanda também entrou em contato com a vendedora ao enviar um print com foto de perfil da suposta Graciela. Em resposta, a vendedora disse para Amanda “dar banana para a sua macaquinha”.

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“Me preocupa a maneira que ela age: ela não é aquele tipo de pessoa que aplica golpe e some, ela enfrenta, vem por outros números de telefone, continua me insultando e ameaçando”, emendou Amanda.

Amanda disse que a vendedora parou de enviar mensagens para ela no dia 4 e que foi o segundo número foi bloqueado.

g1 entrou em contato com Graciela, mas as ligações não foram atendidas. O número que Graciela entrou em contato com Amanda já não está inscrito no WhatsApp.

O portal também investigou o perfil de Graciela Oliveira no Facebook e verificou que a foto e a capa tinham mudado no dia 8. A foto era de outra mulher.

A polícia investiga uma tentativa de estelionato e injúria por preconceito. De acordo com a Polícia Civil, o caso foi registrado na 11ª DP (Rocinha). Diligências estão em andamento para identificar o autor e elucidar os fatos.

* estagiária, sob supervisão de Eduardo Pierre

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