Prisão ocorreu neste sábado (1º) em Sinop, para onde o investigado teria fugido há alguns dias, diz PJC.
Um empresário do ramo de câmeras de monitoramento e colecionador de armas foi preso na manhã deste sábado (1º), suspeito de comercializar armas de fogo para integrantes de uma facção criminosa atuante na região norte do estado. O mandado de prisão preventiva foi cumprido pela Polícia Civil, em investigação realizada pela Delegacia de Peixoto de Azevedo (a 671 km de Cuiabá).
A prisão do empresário foi realizada no município de Sinop (a 479 km de Cuiabá), para onde o investigado fugiu após deixar Peixoto de Azevedo há alguns dias. Na operação policial, também foram cumpridos mandados de busca e apreensão que resultaram na apreensão de duas armas de fogo, uma carabina CTT40 e uma pistola TH40.
Os mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão contra o empresário foram expedidos pela Justiça, na quinta-feira (29), após investigações da Polícia Civil que identificaram o envolvimento do suspeito com a facção criminosa.
Entenda o caso
A equipe da Delegacia de Peixoto de Azevedo estava investigando diversos homicídios ocorridos na região, com suspeita de autoria de integrantes de uma facção criminosa.
No dia 22 de abril, os suspeitos Luiz Augusto Lima Campos, conhecido como “GL”, e Aldo Antunes Lopes da Silva, o “Big Big”, vieram a óbito, durante confronto com a Polícia Militar, ocasião em que tiveram suas armas apreendidas, dentre elas, uma pistola calibre .380, estava em nome do empresário.
O investigado, de 33 anos, após saber que uma das armas de fogo que estava em seu nome foi apreendida com os criminosos mortos na ação, registrou um boletim de ocorrência, no dia 23 de abril (data seguinte aos fatos), alegando desconhecimento de que sua arma havia sido furtada de sua residência.
O empresário, que também era colecionador, possuía quatro armas de fogo registradas em seu nome, porém no boletim de ocorrência alegou que apenas duas armas haviam sido furtadas de sua residência. Na casa, não havia sinais de arrombamento, e as outras duas armas que também estavam na residência, não teriam sido levadas pelos supostos criminosos.
Investigação
Diante da situação, a Policia Civil instaurou inquérito policial sobre o caso e apurou que os integrantes da facção criminosa mortos em confronto eram os responsáveis por vários sequestros e homicídios ocorridos em Peixoto de Azevedo por ordem da facção criminosa
As investigações apontaram que arma pertencente ao empresário foi utilizada em vários homicídios ocorridos na cidade, sendo enviada para exame de confronto balístico, realizado pela Politec.
O empresário também é investigado por procurar vítimas de roubo de veículos, principalmente de caminhões, alegando ser “informante oficial” da Polícia e ter informações privilegiadas para localizar esses veículos, exigindo dinheiro para encontrá-los.