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Preso por arrancar coração da tia já pode deixar hospital psiquiátrico

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Relatório emitido pelo Hospital Psiquiátrico Estadual Adauto Botelho conclui que Lumar Costa da Silva, que matou e arrancou o coração da tia, em julho de 2019, em Sorriso (420 km ao norte), está apto para alta hospitalar. Considerado inimputável, conforme laudos periciais, Lumar está internado na unidade desde outubro do ano passado. Os exames apontaram que o acusado é portador de transtorno afetivo bipolar tipo I e não podia, ao tempo do crime, entender o caráter ilícito da ação. A defesa de Lumar é feita pelo advogado Dener Felizardo. 

  

Equipe multiprofissional do Adauto fez o levantamento sobre o tratamento e as condições clínicas de Lumar, que cumpre medida de segurança na unidade após ser transferido da Penitenciária Dr Osvaldo Florentino Leite Ferreira, o Ferrugem. O relatório foi encaminhado à Administração Penitenciária da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp). No documento, é destacado que, em entrevista, o pai de Lumar afirmou que ele nunca demonstrou questões relacionadas à saúde mental, era inteligente e sociável. Mas sofreu abusos psicológicos por parte da mãe. O pai de Lumar acredita que os problemas vieram após a separação de Lumar e o distanciamento da filha, hoje com 9 anos. 

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Profissionais do Adauto destacaram que Lumar sempre se mostrou calmo, com discurso lógico e coerente com boa interação com profissionais e pacientes. Após dois meses de internação, chegou a ter alucinações, mas somente este episódio. Esta equipe considera que no momento o paciente está apto para alta hospitalar, não necessitando cuidados intensivos de 24 horas e a continuar o tratamento em modalidade ambulatorial, informou o relatório destacando que Lumar deve ser acolhido por parentes de São Paulo após a alta. 

  

A Equipe de Avaliação e Acompanhamento de Medidas Terapêuticas aplicáveis a Pessoa com Transtorno Mental em conflito com a Lei (EAP/MT), por sua vez, sugeriu a conversão da medida de segurança em regime ambulatorial sendo referenciada à Rede de Apoio Psicossocial (RAPS) do Sistema Único de Saúde, do município de Campinas (SP), onde reside o pai de Lumar, que deverá reportar ao juízo relatório trimestral do seu acompanhamento. A Justiça ainda deve decidir sobre a alta. 

O crime 

  

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Maria Zélia da Silva, 55, foi morta a facadas dentro da própria casa, pelo sobrinho Lumar Costa da Silva. A filha da vítima, Patrícia Cosmos, viu Lumar após o crime. Ele teria ido entregar a ela o coração da mãe dela. S 

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