SEGREDO DE JUSTIÇA

Réu por assassinatos, filho de ex-governador passa pela primeira audiência do caso

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Acontece nesta segunda-feira (3) a primeira audiência sobre os assassinatos de Thays Machado e William Moreno, mortos a tiros no bairro Consil, em janeiro deste ano. O autor do crime, Carlos Alberto Gomes Bezerra, filho do ex-governador Carlos Bezerra (MDB), acompanhará a sessão por videoconferência na penitenciária da Ferrugem, em Rondonópolis (218 km de Cuiabá).

De acordo com o advogado de defesa, Francisco Faiad, Carlinhos, como é conhecido o réu, ainda não deverá ser ouvido. O tempo deverá ser dividido entre testemunhas de defesa e da acusação, patrocinada pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) em audiência comandada pela juíza Ana Graziela Vaz de Campos, da 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar contra Mulher de Cuiabá. A sessão tem início previsto para as 13h30.

Uma das testemunhas que devem prestar depoimento hoje é o irmão da advogada Thays Machado, o perito Thiago Machado. À época do crime, Thiago expôs o relacionamento abusivo e o comportamento violento e perseguidor de Carlinhos com relação à irmã.

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Thays foi morta no dia 18 de janeiro quando saía da casa da mãe, depois de ser seguida por horas por Carlos Alberto que, segundo as investigações da Polícia Civil, instalou um rastreador no carro que a advogada usava. Os dois mantiveram um relacionamento que tinha chegado ao fim em 2022. Desde então, Carlos teria passado a monitorar a vida de Thays ceifando-lhe a vida quando descobriu do envolvimento da ex-namorada com outro homem, William Moreno, também executado na ocasião.

Imagens das câmeras de segurança do edifício Solar Monet, onde mora a mãe de Thays, mostraram o casal feliz, minutos antes de serem assassinados. William tinha acabado de chegar de São Paulo para conhecer a nova namorada. Depois do crime, Carlos Alberto Gomes Bezerra fugiu para a Fazenda São Carlos, de propriedade da família Bezerra. Ele foi capturado pela polícia no imóvel é preso.

Carlinhos chegou a ficar preso na Penitenciária Central do Estado (PCE), mas foi transferido para Rondonópolis em razão de dispor de diploma de curso superior e gozar do direto à cela especial.

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O caso corre em segredo de justiça.

 

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