SUCURI

“Vidas da minha filha e neto custaram R$ 7 mil”, diz mãe de grávida morta

Corretor bêbado responde ação em liberdade

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O enterro de Aline Simone Jordão da Silva, de 34 anos, e do bebê dela foi realizado nesta quarta-feira (21), em Cuiabá. Mãe e filho morreram há dois dias, em um acidente de trânsito, no Distrito do Sucuri, em Cuiabá. O motorista, que estava embriagado, segundo a polícia, foi liberado após pagar fiança de R$ 7 mil.

 

A mãe de Aline, Iolanda Márcia, contou à TV Centro América que a família estava ansiosa para a chegada do bebê e que a Aline já tinha uma filha de sete anos.

 

 

 

“Acabei de sepultar minha filha e meu neto, que não veio ao mundo. O que eu acho mais absurdo é que ele [o motorista] foi preso, pagou a fiança e foi liberado. Infelizmente, as vidas da minha filha e do meu neto custaram R$7 mil”, disse.

 

 

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De acordo com a Polícia Civil, o motorista, de 27 anos, invadiu a pista contrária e bateu de frente contra o veículo onde a vítima e o marido estavam. O marido de Aline e pai do bebê, o condutor de ambulância Alberto Júnior, dirigia o carro e fraturou quatro costelas.

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“Eu estava indo para a casa da minha sogra. Ele veio em alta velocidade e jogou o carro na minha frente, não tive o que fazer. Eu vi tudo e só pensava na minha esposa. Eu disse para ele que acabou com a minha família. Estava tudo planejado, móveis do bebê, roupa, só aguardando meu filho chegar”, disse.

 

O enterro aconteceu no Cemitério Tarumã, no Bairro Sucuri, em Cuiabá.

 

 

A Polícia Civil informou, por meio de nota, que o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) garante ao condutor de veículo envolvido em acidente de trânsito a prerrogativa de não ser preso em flagrante, se prestar socorro à vítima. Por isso, o responsável pelo acidente que resultou na morte de Aline não pode ser autuado pelo homicídio culposo no trânsito na data do fato.

 

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Segundo a instituição, o condutor responde a inquérito policial pelos crimes de homicídio culposo no trânsito qualificado e lesão corporal grave no trânsito qualificada. Aline era passageira do carro e estava grávida de oito meses. Ela chegou a ser socorrida em estado gravíssimo até um hospital da capital, sendo realizada uma cirurgia cesariana de emergência para tentar salvar a criança, mas nenhum dos dois sobreviveu.

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Ainda conforme a polícia, o motorista se negou a realizar o teste de etilômetro e testemunhas tentaram agredir o suspeito, que apresentava sinais visíveis de embriaguez. Ele possui passagem pela polícia por receptação e foi liberado após o pagamento da fiança.

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Lucas do Rio Verde

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