ECONOMIA

‘A inflação caiu, mas as pressões permanecem’, diz Campos Neto

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Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central
Raphael Ribeiro/BCB
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta quarta-feira (12) que as pressões de demanda seguem altas, ao comentar a desaceleração da inflação em março.

Campos Neto tem sido pressionado por integrantes do governo a reduzir a taxa básica de juros (Selic ), porque eles acreditam que a inflação brasileira é uma questão de oferta, logo, não poderia ser combatida com a Selic, que eleva o preço do crédito e, consequentemente, trava investimentos no país.

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“A inflação caiu, mas as pressões permanecem. O componente de demanda da inflação no Brasil é relativamente forte”, ressaltou em reunião organizada pela XP em Washington (EUA). “Expectativas de inflação de longo prazo estavam ancoradas em 2022, mas desde novembro iniciou um processo de deterioração”, complementou.

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Ele lembrou ainda que as expectativas do mercado financeiro de agosto do ano passado já previam cortes na Selic em seis meses, o que não ocorreu.

“Em meados de agosto, a expectativa de corte nesse horizonte era de 79 pontos. No início de novembro de 2022, o mercado passou a precificar elevação na Selic para seis meses à frente. A expectativa de alta atingiu 126 pontos”, lembrou.

O presidente do BC disse ainda que a economia brasileira deve ter crescimento baixo neste ano, mas ressaltou que as previsões recentes “melhoraram”. “Dados sugerem arrefecimento do mercado de trabalho”, concluiu.

A taxa Selic está em 13,75%, maior patamar desde novembro de 2016, com isso, o Brasil é o país com maior juro real do mundo.

Fonte: Economia

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