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Americanas declara dívidas de R$ 40 bi para Justiça

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Americanas amarga prejuízo de mais de R$ 100 milhões com queda de site
Felipe Moreno
Americanas amarga prejuízo de mais de R$ 100 milhões com queda de site

A 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro concedeu uma medida de tutela de urgência cautelar para a Americanas, adiando a obrigação da varejista para requerir um processo de recuperação fiscal.

No pedido, a empresa diz ter descoberto um rombo contábel de R$ 20 bilhões, e que pode levar acarretar em uma dívida de até R$ 40 bilhões.

Em sua decisão, o juiz Paulo Assed afirmou que a medida é “justificável o deferimento da medida, com vistas a evitar o exaurimento de todos os ativos da companhia, por credores altamente qualificados, em detrimento dos demais credores, e, principalmente, da própria manutenção da atividade econômica”.

Foi concedido um prazo de 30 dias para que a Americanas possa pedir uma recuperação fiscal. No pedido da tutela, foi ressaltado que o fornecedor de crédito para a empresa, o BTG, já declarou o vencimento antecipado de dívidas da empresa. No total, o valor é declarado em R$ 1,2 bilhão.

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“As inconsistências contábeis exigirão reajustes nos lançamentos da Companhia, o que poderá impactar nos resultados finais divulgados nos respectivos exercícios anteriores, com alteração do grau de endividamento da empresa”, afirma o texto.

Entenda o rombo de R$ 20 bilhões da Americanas

Nesta quarta-feira, foi informado pela varejista que o CEO da Americanas iria deixar o cargo, logo após assumir a liderança no início de janeiro. Segundo a imprensa, a saída do empresário se deu após o descobrimento de inconsistências nos lançamentos contábeis da varejista, cotados em aproximadamente R$ 20 bilhões.

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O diretor de Relações com investidores, André Covre, também saiu de sua posição. Ele também havia tomado posse do cargo 10 dias antes do anúncio.

Segundo o anúncio, não foi possível detectar todos os impactos das inconsistências no patrimônio da varejista. O texto diz que a área contábil “identificou a existência de operações de financiamento de compras”, e que “não se encontram adequadamente refletidas na conta fornecedores nas demonstrações financeiras”.

A notícia foi anunciada após o fechamento da bolsa de quarta-feira (10), dia em que a empresa observava um aumento nos investimentos. Após a divulgação da nota, no entanto, as ações da AMER3 despencaram no mercado financeiro. 

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Fonte: IG ECONOMIA

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