ECONOMIA

Após pandemia, livrarias registram aumento de vendas e novas lojas

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Livrarias cresceram no Brasil e apostam em debates e clubes de leitura para manter setor em alta
Lorena Amaro
Livrarias cresceram no Brasil e apostam em debates e clubes de leitura para manter setor em alta

Após anos de crise, com fechamento de lojas e queda nas vendas, o setor de livrarias, enfim, pode respirar mais aliviado. O número de lojas aumentou no último ano e as apostas em eventos fizeram as vendas crescerem em 2022.

Dados da Associação Nacional de Livraria (ANL) mostra que foram abertas 100 novas lojas em 2022, retomada de 20% dos estabelecimentos fechados durante a pandemia de Covid-19, que assolou o setor. Atualmente, 2,7 mil livrarias estão abertas pelo país e já há projeção para novas lojas abertas no primeiro semestre deste ano.

As empresas, porém, não têm colocado o eixo Rio-São Paulo entre as suas preferências. Belo Horizonte, Brasília e cidades da região Sul devem ser destaque no crescimento do setor neste ano.

Outro fator que colabora para o crescimento do setor é a possibilidade de franquias em espaços menores. A Saraiva, por exemplo, já pensa em adotar a medida com a Siciliano, marca que adquiriu em 2008. A empresa passa por processo de recuperação judicial, reduziu o número de lojas para adequar as finanças e passou a investir no e-commerce.

Aumento nas vendas e apostas no ‘diferente’

Não foi apenas o crescimento das lojas que se tornou destaque no setor em 2022, o número de vendas também alavancou e mostrou que o interesse pela leitura em livros físicos segue a todo vapor. Segundo o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), as vendas no setor cresceram 4% em relação a 2021.

O levantamento mostra que 47,6 milhões de livros foram adquiridos no último ano e as lojas faturaram R$ 2,06 bilhões. O valor representa um crescimento de 8,5% em relação ao ano anterior.

Os dados apontados não são atoa. As empresas têm investido forte no ‘diferente’ para conseguir atrair mais clientes e reconquistar o espaço no mercado de literatura.

Além de ofertas mais pesadas, algumas livrarias oferecem a possibilidade de o leitor usar seus espaços para leitura. As empresas ainda recorrem às editoras e ‘brigam’ por espaço para o lançamento de livros de grandes autores.

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Outro fator que tem colaborado para a ascensão do setor frente ao e-commerce, é a criação de clubes de leitura, debates e palestras com autores. Além dessas novidades, os livreiros acreditam que a criação de conteúdo para as redes sociais será importante para o desenvolvimento do setor nos próximos anos.

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Fonte: IG ECONOMIA

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