O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, anunciou que o Bolsa Família vai contar com um programa de ‘busca ativa’ por beneficiários. O anúncio foi feito em vídeo no canal do Partido dos Trabalhadores no YouTube (veja ao final da matéria).
O ministro disse que a iniciativa, proposta pela equipe de transição, foi autorizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A “busca ativa” por potenciais beneficiários deve contar com assistentes sociais das prefeituras, que irão identificar pessoas em situação de vulnerabilidade que não sabem que têm direito, ou não conseguem pedir para ingressar no programa por algum motivo, como a falta de documentos ou de acesso aos Cras.
“São pessoas que, em todas as regiões do Brasil, têm direito ao Bolsa Família, mas ficaram de fora. E, agora, o presidente Lula nos autoriza a fazer um programa Busca Ativa, integrado com os municípios”, disse Dias.
Segundo Dias, a integração é para retomar a pactuação “com a rede da assistência social, todo o Sistema Único da Assistência Social, Cras [Centro de Referência de Assistência Social] e Creas [Centro de Referência Especializado de Assistência Social]”.
O ministro disse ainda que buscará mapear as famílias que possuem crianças de até seis anos que teriam direito ao adicional de R$ 150. Além disso, prometeu que a iniciativa de busca ativa não vai atrasar o pente-fino dos atuais beneficiários.
“A previsão é que a gente possa já em fevereiro trabalhar as condições de, ao mesmo tempo, atualizar o cadastro e já ali estar também trabalhando o Novo Bolsa Família. Em fevereiro tem essa nova reformulação e a partir do mês de março, o pagamento já acrescido dos 150 reais por criança até 6 anos”, disse Dias.
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Para Paola Loureiro Carvalho, assistente social e diretora de Relações Institucionais da Rede Brasileira de Renda Básica (RBRB), o anúncio é positivo.
“A busca ativa é um dos principais instrumentos de trabalho das políticas sociais. Especialmente pensando na diversidade brasileira, nos territórios mais diversificados e com dificuldade de acesso. É a garantia de que o estado está indo onde a população mais vulnerável está”, diz Paola Ribeiro, da RBRB.