Os vilões da inflação no mês de novembro foram a cebola e o tomate, com altas de 23% e 15%, respectivamente. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) , considerada a inflação oficial do país, subiu 0,41% no mês, puxado pelos itens de Transporte e Alimentos.
A inflação está em 5,9% no acumulado em 12 meses, acima do teto da meta estipulada pelo Banco Central (BC), que é de 5%. O BC vê chance grande de estouro da meta em 2022, assim como aconteceu no ano passado.
No acumulado em 12 meses, a cebola acumula alta de 166% e o limão de 89%. Nos itens de transporte, as passagens aéreas lideram a alta, com salto de 35% no período.
A gasolina tem peso importante na composição do IPCA, e ajudou a puxar a alta do índice. Os preços do etanol (7,57%), da gasolina (2,99%) e do óleo diesel (0,11%) subiram em novembro. A exceção foi o gás veicular, com queda de 1,77%.
A gasolina, em particular, exerceu o maior impacto individual no índice do mês, com 0,14 p.p. Vale destacar também as altas de emplacamento e licença (1,72%), automóvel novo (0,50%) e seguro voluntário de veículo (0,97%), que contribuíram conjuntamente com 0,07 p.p. No lado das quedas, os preços das passagens aéreas recuaram 9,80%, após as altas de 8,22% em setembro e 27,38% em outubro.
Veja a variação por grupos pesquisados:
Alimentação e bebidas: 0,53%
Habitação: 0,51%
Artigos de residência: -0,68%
Vestuário: 1,10%
Transportes: 0,83%
Saúde e cuidados pessoais: 0,02%
Despesas pessoais: 0,21%
Educação: 0,02%
Comunicação: -0,14%
Já entre as maiores baixas estão a abobrinha e as passagens aéreas. O leite longa vida também é destaque entre as quedas.