INSTABILIDADE ECONÔMICA

Dólar dispara: moeda supera R$ 6 e alcança recorde histórico com mercado em alerta

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Após fechar na maior cotação nominal da história, o dólar comercial segue ampliando os ganhos ante o real nesta sexta-feira (29) e opera acima de R$ 6,00, em meio à desconfiança do mercado em relação ao pacote fiscal anunciado pelo governo. Logo nos primeiros negócios, a divisa chegou a bater os R$ 6,05.

Qual é a cotação do dólar hoje?

Às 9h18, o dólar comercial operava com alta de 0,9%, cotado a R$ 6,042 na compra e R$ 6,044 na venda. Na máxima do dia, a divisa americana bateu os R$ 6,055. Na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,52%, a 6.041 pontos.

Na quinta-feira, o dólar à vista fechou o dia com forte alta de 1,30%, cotado a R$ 5,9910, registrando a maior cotação nominal de fechamento da história e após superar os R$ 6 pela primeira vez na história.

O Banco Central fará nesta sessão leilão de até 15.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 2 de janeiro de 2025.

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Dólar comercial

Compra: R$ 6,012

Venda: R$ 6,014

Dólar turismo

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Compra: R$ 5,859

Venda: R$ 6,039

O que acontece com o dólar hoje?

A divisa americana continua refletindo a aversão ao risco dos investidores após a frustação do mercado com o pacote de corte de gastos do governo.

Na avaliação de especialistas, o ajuste proposto criou um sentimento ruim no mercado e colocou pressão nas próximas decisões do Banco Central para a Selic, a taxa básica de juros.

Walter Maciel, CEO da gestora AZ Quest, vê um cenário de “elevação brutal” de juros na esteira dos últimos anúncios. “Dado o que o mercado está vendo agora de preço, o Banco Central teria de fazer duas altas de 100 pontos-base nos juros [1 ponto porcentual]”, afirmou, ao InfoMoney. Segundo Maciel, é o preço pago pela perda de credibilidade do governo em relação ao controle de gastos, após o controverso pacote de medidas anunciado.

“O gringo agora jogou a toalha de vez”, afirma, acreditando que um fluxo estrangeiro de carry trade (motivado pela diferença de juros entre o Brasil e os Estados Unidos – onde as taxas estão caindo) não deve ganhar fôlego enquanto a questão fiscal não for tratada com seriedade.

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Lucas do Rio Verde

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