ECONOMIA

Haddad cobra redução ‘robusta’ dos juros a partir de agosto

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Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante reunião
Valter Campanato/Agência Brasil – 04/04/2023
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante reunião

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, cobrou nesta quinta-feira (29) uma série se reduções “robustas” na taxa básica de juros (Selic) a partir de agosto. Atualmente, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a Selic em 13,75% ao ano, maior patamar desde 2016.

“Cortes robustos na taxa de juros podem ser praticados a partir de agosto sem nenhum risco de desancoragem. Porque as trajetórias estão dadas”, disse o ministro. “Temos todas as razões para acreditar que vem um ciclo consistente de cortes dessas taxas”.

Haddad disse que toda a área econômica do governo espera “cortes consistentes” na taxa devido à inflação estar em trajetória de queda. Mesmo assim, o ministro mencionou preocupação com o crescimento da economia no próximo ano.

“(Há) uma preocupação muito grande com o resultado do crescimento econômico a partir do ano que vem. Nós razões para nos preocupar com a desaceleração que está sendo vista neste momento e queremos garantir para a sociedade brasileira um 2024 melhor que 2023. Nós entendemos que praticar uma taxa de juros que está hoje na casa de 9% em termos reais, ou mais até, é algo que tem que ser revisto em proveito da sociedade à luz dos indicadores.”

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O ministro voltou a cobrar harmonização da política fiscal e da política monetária, e disse que o corte da Selic é importante para melhorar as contas públicas.

“Sem uma política monetária consistente, os resultados fiscais não aparecerão, justamente por falta de atividade econômica. Temos que harmonizar esses dois braços, e a política monetária e fiscal terão que trabalhar juntas para que tenhamos os melhores resultados daqui para a frente.”

As declarações foram dadas após a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), onde foi anunciada a mudança no regime de metas de inflação para “contínuo”, deixando de considerar o ano-calendário.

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Fonte: Economia

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