A Justiça de São Paulo autorizou, nesta quinta-feira (26), a busca e apreensão de e-mails dos últimos dez anos de empresários e líderes dos conselhos de administração e auditoria da Americanas.
A medida, assinada pela juíza Andréa Galhardo Palma, acolhe um pedido feito pelo Bradesco, credor da varejista. No total, a varejista deve R$ 4,7 bilhões para o banco.
“Tem sido veiculado diariamente nos meios de comunicação as suspeitas de contundente fraude financeira, a atingir uma cadeia volumosa de fornecedores, bancos e acionistas minoritários”, escreveu a juíza. Em sua decisão, também foi determinado a apreensão de todos os e-mails de funcionários da área de finanças e contabilidade.
“Diante da magnitude do fato e potencial responsabilização individual dos agentes envolvidos nas fraudes suspeitas, é razoável supor que provas relevantes e necessárias para verificar a ocorrência de fatos ilícitos correm risco de perecimento”, continuou.
Em seu documento, Palma ressaltou que, embora tenha sido criada uma comissão pela empresa para investigar a área, é necessário a apreensão para evitar riscos de destruição de material.
A Justiça determinou que a Enerst & Young devem liderar a investigação de provas periciais, e a advogada Patrícia Punder deve realizar a perícia investigativa.
Questionada pelo Portal iG, a Americanas afirmou que irá aguardar ser informada “formalmente” da decisão para tomar as providências possíveis.