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Lula volta a atacar juros: ‘Ninguém toma dinheiro emprestado a 13,75%’

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar nesta segunda-feira (24) a taxa básica de juros, a Selic . O chefe do Executivo Federal está em Portugal, em reunião com o primeiro-ministro do país.

A Selic é o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central do Brasil para controle da inflação e funciona como uma referência para a cobrança de juros no país. Atualmente, a taxa está em 13,75% ao ano, maior patamar desde novembro de 2016, tornando o Brasil o país com o maior juro real do mundo.

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“Nós temos um problema no Brasil, primeiro-ministro, que Portugal não sei se tem. É que a nossa taxa de juros é muito alta. No Brasil, a taxa Selic, que é referencial, está em 13,75%. Ninguém toma dinheiro emprestado a 13,75%, ninguém. E não existe dinheiro mais barato”, declarou Lula em um fórum com investidores em Matosinhos, no país europeu.

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“E a verdade é que um país capitalista precisa de dinheiro, e esse dinheiro tem que circular. Não na mão de poucos, mas na mão de todos”, disse.

Lula repetiu seu lema de “colocar o pobre no orçamento” por meio do estímulo ao crédito, o que elevaria o potencial de crescimento da economia neste ano.

“É a gente garantir que os pobres possam participar. Porque quando eles virarem consumidor, vão comprar. Quando eles comprarem, o comércio vai vender. Quando o comércio vender, vai gerar emprego, vai comprar mais produto na fábrica. […] Mais emprego vai gerar mais salário, é a coisa mais normal de uma roda gigante da economia”, enumerou Lula.

O presidente do Banco Centra, Roberto Campos Neto, acredita que a inflação retornará a partir de julho, portanto, não seria momento para reduzir a taxa Selic. IPCA fechou março em alta de 0,71% e acumulado de 4,65% em 12 meses, o menor patamar desde 2021.

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Na semana passada, ele afirmou seguir o ” timing técnico , não o político” para as decisões de política monetária.

“O Banco Central é um órgão técnico, que toma decisões baseadas em critérios técnicos e transparentes. O timing técnico é diferente do timing político, por isso que a autonomia [do Banco Central] é importante para dar à sociedade a garantia que temos funcionários técnicos, tomando decisões técnicas sem viés político“, disse.

Fonte: Economia

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