ECONOMIA

Meirelles: Lula tem 65% de chances de ser parecido com Dilma

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Henrique Meirelle, ex-presidente do Banco Central, no Roda Viva
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Henrique Meirelle, ex-presidente do Banco Central, no Roda Viva

O ex-ministro da Economia Henrique Meirelles disse nesta quinta-feira (10), horas após o discurso do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abalar o mercado , que o próximo governo tem 65% de chance de ser parecido com o da ex-presidente Dilma Rousseff. A declaração foi feita a investidores em evento fechado do Banco BTG Pactual, ao qual o jornal Valor Econômico teve acesso. 

Já as chances de o governo eleito ser semelhante ao primeiro mandato do próprio Lula, marcado pela disciplina fiscal, são de aproximadamente 35%, de acordo com Meirelles.

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Meirelles integra a equipe de conselheiros econômicos do próximo governo, mas afastou a possibilidade de reassumir o Ministério da Fazenda, frustrando expectativas do mercado, que agora teme o nome de Fernando Hddad para a pasta. 

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Ele declarou voto em Lula ainda no primeiro turno, aumentando as especulações, mas, em entrevista recente, disse “não ser candidato” à vaga. 

O ex-presidente do Banco Central confirmou a fala, mas disse que a intenção era no sentido de esperar o que Lula fará nos próximos meses. Ele encerrou a participação desejando “boa sorte” aos investidores.

A declaração foi mal vista pelo marcado, já que o governo Dilma tem a fama de ter perdido credibilidade perante agências de classificação de risco de crédito.

O Dólar apresentou forte alta de 4% nesta quinta (10) e fechou o dia cotado a R$ 5,39. Esse é o valor registrado desde 30 de setembro, quando a moeda estava no mesmo patamar. Já a Bolsa de Valores de São Paulo registrou tombo de 3,35% e encerrou o pregão a 109.775 pontos. É a primeira vez que o índice Ibovespa fica abaixo dos 110 mil pontos desde 29 de setembro.

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A reação se deu devido ao discurso de Lula questionando “a tal da responsabilidade fiscal” num país onde a fome ainda impera. 

Ao Valor, Meirelles considerou a ação do mercado precipitada, já que “ainda é cedo” para prever como será o próximo governo. 


Fonte: IG ECONOMIA

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