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Pedro Guimarães é processado de novo pela Caixa por assédios; entenda

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Pedro Guimarães é processado novamente pela Caixa; entenda
Marcos Corrêa/PR
Pedro Guimarães é processado novamente pela Caixa; entenda

A Caixa Econômica Federal moveu mais duas ações contra Pedro Guimarães , que presidiu a estatal de janeiro de 2019 a junho de 2022. Em uma delas, a instituição cobra o ressarcimento de R$ 52 mil, valor da indenização moral que foi obrigada a pagar a um funcionário que alega ter sido forçado pelo ex-dirigente a comer pimenta e questionado se era “bambi” e “fresco”.

O funcionário chegou a acionar a Justiça do Trabalho do Amazonas contra o episódio, que condenou a Caixa ao pagamento de R$ 52 mil em indenização por danos morais. Agora, o departamento jurídico da instituição busca o reembolso do valor.

Guimarães deixou o cargo há um ano, quando vieram a público denúncias de assédio sexual e moral. As acusações resultaram em um processo que o tornaram réu por assédio e importunação. A defesa nega que ele tenha cometido esses crimes.

Pedro Guimarães foi acusado por funcionárias próximas de seu gabinete. A pressão sobre o ex-presidente da Caixa aumentou após a revelação de áudios em que Guimarães teria cometido assédio moral contra os diretores do banco.

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O caso da pimenta ocorreu em outubro de 2020, durante uma viagem à Agência Chico Mendes, conhecida como agência barco, no Amazonas. Segundo relatos, na ocasião, a comitiva ofereceu um jantar para homenagear funcionários que se destacavam.

De acordo com as informações apresentadas na ação, Guimarães solicitou uma tigela com pimenta vermelha amassada. Todos os funcionários presentes receberam duas conchas e foram obrigados a comer o tempero junto com os pratos que haviam pedido.

A Caixa ainda pretende solicitar à Justiça para reforçar como assistente de acusação as denúncias de assédio sexual e moral contra Guimarães no processo que corre em segredo de Justiça. Caso o pedido seja deferido, o banco poderá apresentar provas, documentos, reunir e interrogar testemunhas. A instituição alega que as vítimas de assédio são seus funcionários, realizou uma investigação interna para apurar as acusações e auxiliou os trabalhos do Ministério Público.

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Em outra ação, desta vez por improbidade administrativa, a Caixa afirma que Guimarães indicou a si mesmo para integrar 27 conselhos de empresas públicas e privadas das quais a estatal é sócia. O banco argumenta que a Lei das Estatais limita a indicação a dois conselhos. A instituição alega que houve improbidade por considerar que o executivo apenas recebia pela participação, sem efetivamente comparecer às reuniões e exercer a função de conselheiro. O ex-presidente da estatal, por sua vez, declara entendia que a restrição não valia para empresas privadas, mas, em agosto de 2021, o estatuto social da Caixa ampliou a regra para este tipo de companhia.

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Ao ser questionada sobre as medidas tomadas desde as denúncias contra o ex-dirigente, a Caixa informou que dos 34 funcionários acusados, 18 foram demitidos, sete suspensos, seis advertidos e três foram absolvidos. Os trabalhos foram conduzidos pela Corregedoria do banco, e o relatório, concluído em setembro de 2022, foi enviado às autoridades competentes.

Logo após as denúncias, a Corregedoria, que era subordinada à presidência do banco, passou a ser vinculada ao conselho de administração. Também foi contratada uma consultoria de investigação externa para apurar conjuntamente as acusações contra o ex-presidente. Ainda de acordo com o banco, o canal de denúncias passou a ser administrado por uma empresa externa e independente, visando garantir a proteção das vítimas.

Fonte: Economia

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