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Petroleiros entram em greve contra venda de refinaria pela Petrobras

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Petroleiros entram em greve na próxima semana
Alexandre Gentil/Petrobras
Petroleiros entram em greve na próxima semana

O Sindicato dos Petroleiros do Ceará e Piauí (Sindipetro-CE/PI) aprovou nesta quinta-feira (22) greve contra a venda da Refinaria Lubrificantes e Derivados do Nordeste (Lubnor), localizada em Fortaleza (CE). A transação, anunciada pela Petrobras no ano passado, foi aprovada nesta quarta-feira (21) pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

A greve acontecerá na próxima terça-feira (27) na Lubnor, mas sindicatos de outros estados também farão manifestações em suas bases no mesmo dia em apoio aos colegas.

Quando a venda da Lubnor pela Petrobras foi anunciada no ano passado, houve questionamentos tanto da categoria petroleira quanto da prefeitura de Fortaleza. Isso porque 30% do terreno no qual a refinaria se encontra pertence ao município, que alegou não ter sido previamente avisado sobre a venda da unidade para o grupo Grepar Participações.

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O presidente do Sindipetro-CE/PI, Fernandes Neto, argumenta que existe a possibilidade da transação acarretar a criação de um monopólio privado na região, o que poderia gerar desabastecimento. “O impacto econômico e social será muito grande para o estado. Continuaremos na luta para conseguir reverter essa venda”, afirma.

Atualmente, a Lubnor tem mais de 500 trabalhadores, entre próprios e terceirizados, e produz asfalto, lubrificantes e óleos combustíveis marítimos. “A Lubnor é responsável por entregar às distribuidoras locais óleo diesel, gasolina, querosene de aviação e GLP provenientes de outras refinarias, terminais, transportados até Fortaleza por navios, em operações de cabotagem ou, eventualmente, importação”, afirma Deyvid Bacelar, coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP). “A venda da Lubnor pode acarretar desabastecimento desses navios, impactando negativamente exportações e importações”, completa.

Após a aprovação do Cade, a Petrobras afirmou que ainda “existem outras condições precedentes pendentes a serem cumpridas no âmbito do processo” de venda da Lubnor.

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Fonte: Economia

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