ECONOMIA

RS já pagou R$ 74 bilhões em impostos para o Governo Federal e não recebeu quase nada na tragédia

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Brasil – A crise que se abate sobre o Rio Grande do Sul após as recentes enchentes trouxe à tona um debate crucial sobre a distribuição de recursos tributários no país. De acordo com dados da Controladoria-Geral da União (CGU), os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina desembolsam conjuntamente mais de R$ 100 bilhões por ano em impostos para o Governo Federal. Entretanto, diante da tragédia que assola a região, a assistência recebida é considerada insuficiente por muitos.

O site impostômetro contabiliza que o Rio Grande do Sul já pagou neste ano de 2024, mais de R$ 74 bilhões. No entanto, desde o último ciclone extratropical que devastou a região, a promessa era liberar R$ 500 milhões para ações emergenciais, foram enviados apenas R$ 325 milhões para os municípios gaúchos –65% do compromisso divulgado publicamente. Agora o Governo fala em destinar 600 milhões, mas  a descrença popular nos recursos continua.

Durante uma entrevista à rádio AuriVerde, a deputada federal Julia Zanatta (PL-SC) destacou a disparidade entre os valores pagos pelos estados e o retorno proporcionado pelo governo central. “O Rio Grande do Sul pagou em tributos federais o valor de R$ 57,4 bilhões para o poder central de Brasília, enquanto de transferências recebidas, ou seja, o que veio de volta para ser usado em favor da população, foi somente R$ 13,3 bilhões. Fica um saldo negativo de R$ 44,2 bilhões”, afirmou a deputada, ressaltando a necessidade de descentralização do poder de tomada de decisão.

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Os números apresentados por Zanatta revelam um desequilíbrio significativo na distribuição de recursos entre os estados. Santa Catarina, por sua vez, enviou R$ 71,6 bilhões para a União e recebeu apenas R$ 11 bilhões de volta no ano de 2021.

A tragédia que assola o Rio Grande do Sul, completando 10 dias nesta segunda-feira (6), deixou um rastro de destruição e afetou centenas de milhares de pessoas. Com mais de 83 mortes confirmadas, 111 desaparecidos e milhares de desalojados, a região enfrenta uma das piores crises de sua história recente.

Diante desse cenário devastador, a visita do presidente Lula (PT) e líderes do Legislativo ao estado no último domingo (5) trouxe à tona a urgência de medidas para auxiliar na reconstrução das áreas afetadas. Lula cobrou a liberação de emendas parlamentares para ajudar no processo de recuperação, mas a recente coletivo com a ministra Simone Tebet revelou que os deputados não querem doar os recursos de forma emergencial. Veja vídeo:

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 Diante a falta de ação da base de Lula, Zanatta defendeu a isenção de impostos para o Rio Grande do Sul como forma de apoio emergencial.

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