ECONOMIA

Teto ao preço do gás trará riscos, alerta UE

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Gasoduto
EBC
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A Comissão Europeia alertou os países do bloco que um teto aos preços do gás pode ser complexo e representa riscos para a segurança energética, após um grupo de 13 países, incluindo Itália, enviar uma carta a Bruxelas reforçando o pedido pela medida.

Em um documento compartilhado com os países nesta quarta-feira (28), a UE analisa várias opções que poderia considerar para conter os altos preços do gás.

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Segundo o texto, o estabelecimento de um teto no preço generalizado “seria um exercício desafiador devido à dinâmica do mercado interno e global, e envolveria riscos do ponto de vista da segurança do abastecimento”.

“Além disso, o risco de provocar interrupções no fornecimento por parte de terceiros países é maior para um teto generalizado de preços no atacado do que para um teto sobre as importações por gasodutos”, conclui.

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Desta forma, um teto ao preço de atacado para transações de câmbio – cobrindo tanto gás natural liquefeito quanto suprimentos de gasodutos – poderia interromper os fluxos de combustível entre os países da UE.

Isso porque os sinais de preço não ajudariam mais a direcionar os fluxos para regiões onde a demanda é alta ou a oferta escassa, explicou.

A Comissão reforça que, “para fazer frente a eventuais interrupções de abastecimento, poderão tornar-se obrigatórias medidas de solidariedade para garantir a todos os Estados-membros o acesso ao gás necessário para servir clientes protegidos e indústrias críticas” .

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“Para aliviar o impacto da crise, os Estados-membros podem fazer cumprir a regulamentação dos preços de retalho e limitar os preços de retalho do gás também, se assim o desejarem. Para as famílias que necessitam de apoio, incluindo as vulneráveis”, explica a UE.

Além disso, precisaria de “recursos financeiros significativos” para garantir que os países continuem atraindo suprimentos de gás de mercados globais competitivos.

A instituição de um teto ao valor do gás natural é uma bandeira da Itália e vem ganhando cada vez mais apoio no bloco, porém ainda está longe de ser um consenso – a carta da última terça reúne menos da metade dos 27 Estados-membros e não conta com as assinaturas de Alemanha e França. A Rússia, por sua vez, já ameaçou interromper a exportação de gás para países que aderirem a um eventual teto. 


Fonte: IG ECONOMIA

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