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“Selma devia confessar e Taques era pai da moralidade”, critica Silval Barbosa

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O ex-governador Silval Barbosa, condenado por organização criminosa, concussão e lavagem de dinheiro, fez nesta terça-feira (16) duras críticas ao ex-governador Pedro Taques (PSDB) e à senadora Selma Arruda (PSL), classificando-os como “paladinos da moralidade”.

Silval Barbosa – condenando a 13 anos e sete meses de prisão – cumpre prisão domiciliar desde julho de 2017, após passar quase dois anos preso no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC) e devolver cerca de R$ 80 milhões aos cofres públicos. Após decisão de dezembro passado, ele cumpre a pena na cidade de Matupá (a 720 km ao Norte de Cuiabá).

O ex-governador diz que a verdade está vindo à tona a respeito de supostos crimes cometidos pelo tucano que o sucedeu no comando do Palácio Paiaguás. Em delação premiada, o empresário Alan Malouf afirmou que a campanha de Taques ao Governo em 2014 foi abastecida com caixa 2.

“São paladinos da moralidade. Pessoas que estão travestidas, como ele [Pedro Taques] estava, e dizendo que era o pai da moralidade”, disse o ex-governador.

Silval lembrou que, em acordo de delação com a Procuradoria Geral da República (PGR), homologado em agosto de 2017, revelou que chegou a levantar R$ 100 mil com o frigorífico JBS para a campanha ao Senado de Taques (2010).

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“Eu falei na minha delação: Eu fiz acordo com Pedro Taques. Eu arrumei via JBS, dinheiro para a campanha dele. Está no meu acordo. Agora está se comprovando tudo de errado que ele fez, e que vai aparecer ainda mais. Mas isso é bom para Mato Grosso, vai passando a limpo”, afirmou.

Silval esteve nesta terça-feira (16) em uma audiência de conciliação, na 2ª Vara Especializada de Direito Agrário, no Fórum de Cuiabá.

O ex-governador tenta realizar um acordo com integrantes de um movimento de sem-terra que invadiram uma fazenda em dezembro passado. A propriedade rural foi entregue à Justiça após acordo para que ele deixasse a prisão.

Selma Arruda

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A respeito da senadora, o ex-governador aconselhou a ex-magistrada a confessar os crimes dos quais é acusada.

Selma teve o mandato cassado, por unanimidade pelo TRE, em sessão do dia 10 de abril, por abuso de poder econômico e caixa 2 na campanha eleitoral de 2018.

“Eu não meço ela com minha régua. Ela se julga tão conhecedora da lei e pratica os crimes que – pelos menos é o que mostra na imprensa – são muito graves”.

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“Agora eu, cometi alguns crimes e estou colaborando com a justiça. Ela deveria fazer o mesmo: confessar que errou, que fez caixa dois, que fez uma campanha extemporânea com recursos que só ela sabe explicar”.

Silval lembra que, quando os crimes dos quais é acusado vieram à tona, ele se recusou a confessar. No entanto, lembra novamente da colaboração premiada que realizou.

“Procurei no início me defender, mesmo estando errado. Agora, quando eu vi que eu estava errado, e que eu queria colaborar com a Justiça, para que a Justiça fosse célere, eu colaborei. É o que ela deveria estar fazendo. Não arrumar todos os mecanismos para protelar o processo. É assim que quem conhece a lei deve fazer”, finalizou.

Texto: Cíntia Borges/Mídia News

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