Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), Gilvan de Oliveira foi assassinado por causa de um desacordo comercial de quadrilha acusada de furtos, receptações e adulteração de chassi de veículos.
Para executar o plano, os acusados surpreenderam a vítima, quando estavam juntos com o suposto objetivo de cometer crimes. Porém, durante o trajeto, dentro do próprio caminhão, José Carlos atirou contra a vítima. Gerson Daniel é apontado como mentor intelectual do crime.
No entanto, como consta no processo em tramitação na 1ª Vara Criminal de Rondonópolis, que Gilvan de Oliveira chamou os integrantes da organização criminosa para furtar ou roubar óleo diesel e pneus de caminhões, mas que houve uma desavença por causa da compra de um novo caminhão para o transporte dos produtos roubados.
Com isso, os acusados arquitetaram o plano matar a vítima com o auxílio do próprio filho, que à época era adolescente e, segundo a denúncia, tinha raiva do seu pai em razão de maus-tratos.
A partir de interceptações telefônicas, foram identificadas ameaças e juras de morte, caso fossem revelados os nomes dos acusados.
O adolescente, que teria ajudado a matar o pai, foi assassinado depois de ter incriminado Gerson Daniel e José Carlos, após prestar depoimento perante a Justiça da Infância e Adolescência, havendo indícios dessa morte ter ocorrido por queima de arquivo.
“Os acusados, desde a prática do crime, empreenderam todos os esforços para apagar os vestígios do crime, forjar provas, por exemplo, determinando que o adolescente apresentasse confissão como autor do homicídio, juntamente com um desconhecido chamado Ge, bem como tentaram esconder a família da vítima, enviando-a para Januária Minas Gerais, e, ainda, mudaram o palco e cenário dos fatos, lavaram o caminhão, queimaram o banco e os documentos da vítima para dificultar a identificação”, diz trecho do processo.
Os acusados José Carlos e Gerson Daniel, à época dos fatos estavam com mandados de prisão em aberto na Comarca de Jaciara.
Eles foram presos em 2008 e respondem por homicídio qualificado por motivo fútil e à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido, quadrilha ou bando, fraude processual em processo penal, corrupção de menores e ocultação de cadáver.
Os dois conseguiram a liberdade em 2014, por meio de habeas corpus. A Justiça conseguiu intimar Gerson para o júri, mas não localizou José Carlos.
G1
Você precisa estar logado para postar um comentário Conecte-se