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Assassinada a sangue frio, encurralada e sem chances de defesa, diz mãe de Isabele

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Aguardando a conclusão do inquérito que investiga a morte da sua filha de 14 anos, a empresária Patrícia Ramos, conta que os dias têm sido terríveis. "Minha filha foi 'assassinada a sangue frio, encurralada e sem chances de defesa!", disse ela em entrevista ao um portal.

 

"A certeza que jamais verei a minha filha novamente e que não poderei mais partilhar dos seus sonhos, das suas conquistas, dos seus momentos alegres e até dos difíceis, me massacram e me tiram a paz". 

Isabele Ramos saiu de casa na tarde de 12 de julho, foi até a casa da amiga – que também é sua vizinha no condomínio de luxo Alphaville e não voltou mais. Ela foi morta pela amiga, também de 14 anos, com um tiro que entrou pelo seu nariz e saiu na nuca, alegando ser acidental. Fato que a Perícia Oficial já descartou.

 

"Toda a minha família está destroçada pela perda, mas, principalmente pela brutalidade com que a minha filha foi tirada de nós. Havíamos perdido há dois anos atrás o meu marido e os meus filhos, o pai. Foi um momento devastador em nossas vidas, mas estávamos juntos, unidos, ajudando-nos mutuamente".

 

Patrícia era casada com o neurocirurgião Jony Soares Ramos, que morreu em um acidente em junho de 2018, na rodovia Emanuel Pinheiro, que liga Cuiabá à Chapada dos Guimarães. "Aí acontece este assassinato brutal contra a vida da minha filha querida. Não sabemos se um dia teremos alegria novamente em nossas vidas, mas, conhecer a verdade, saber a razão e ver os responsáveis serem exemplarmente punidos, trará um certo alívio aos nossos corações", afirmou.

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Cena teatral

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Patrícia afirma que naquela noite, ao se deparar com a filha já sem vida no banheiro da suíte do quarto da investigada, sentiu a falta de sinceridade da família. "Especialmente do senhor Marcelo Cestari, naquela cena ridícula e teatral fazendo massagem cardíaca e agindo como se não soubesse de nada, querendo se fazer acreditar que o que havia acontecido se tratava de uma queda. A minha filha já estava morta, sem nenhuma sombra de dúvidas! Para mim isto foi imperdoável!".

 

Marcelo Cestari, pai da adolescente que atirou em Isabele, chegou a ligar para o socorro e afirmou que a vítima havia caído no banheiro e que havia muito sangue. Momentos depois, a filha dele ligou para o socorro afirmando que Isabele foi vítima de um tiro. Para a mãe de Isabele, como um homem 'perito' em armas, atirador esportivo, colecionador, não soube reconhecer a vítima de tiro, além de não ter ouvido o barulho do disparo.

 

"O som do estampido do tiro fatal, como constatado na reconstituição, seguramente foi ouvido por todos que estavam na casa. O menor ******, namorado da ******, – filha de Cestari – em seu depoimento afirmou categoricamente que o que ele ouviu foi um tiro", complementa Patrícia.

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Ela conta ainda que após descer as escadas, inconsolada, chegou a perguntar para todo mundo da família o que havia acontecido com Isabele, mas "todos, sem exceção, me responderam que não sabiam. Senti nesse momento que provalmente todos foram instruídos a somente dizer isto".

 

Acompanhando o caso, assistindo reportagens, lendo os depoimentos e laudo da perícia, Patrícia ficou convencida de tudo que já havia sentido no dia do crime. "Minha filha foi assassinada a sangue frio, encurralada e sem chances de defesa!".

Em busca de respostas

Enquanto aguarda a conclusão do inquérito, Patrícia afirma que ainda busca entender qual foi a motivação do crime. "Espero em Deus e vou confirmar nos trabalhos da Polícia, Ministério Público e da Justiça, para que um dia eu saiba de tudo o que aconteceu naquele dia em que deixei minha filha ir na casa de suas amigas para fazer uma torta e ela não voltou e jamais voltará".

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Desde o dia 12 de julho, a família Guimarães Ramos não teve mais nenhum diálogo com a família Cestari.

Fonte: GAZETA DIGITAL

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