A jovem garçonete, modelo e estudante de odontologia Geovanna Vitória, de 19 anos, relatou em suas redes sociais um caso de agressão que sofreu na madrugada de sexta-feira. Ela contou ter sido espancada pelo chef de cozinha Junio Rocha, de 23 anos, em frente a um restaurante, em Brasília. Os dois trabalham no local e se relacionaram por cerca de dois meses.
Em vídeos que compartilhou nas redes sociais, Geovanna explicou detalhes do caso, e afirma que no dia da agressão, ela e Junio estavam planejando sair com colegas de trabalho. A jovem teria deixado o celular desbloqueado no carro de um amigo e o agressor teria pegado o aparelho sem sua permissão. Ao ler as mensagens, ele teria tido uma crise de ciúmes, agredindo a modelo com socos no rosto e chutes pelo corpo. A jovem afirma não ter sofrido mais porque alguns amigos impediram que a agressão continuasse.
Mesmo ferida e com hematomas no rosto, Geovanna conseguiu pilotar sua moto até chegar a casa. O agressor apareceu cerca de 10 minutos depois, pulou o muro da residência e começou a espancar a jovem novamente. A prima da modelo, que estava no imóvel, foi quem evitou que Junio continuasse.
— Meu medo é que ele volte e termine o que começou. Ele sabe onde eu moro, sabe tudo da minha vida, então, tenho muito medo de virar uma estatística — confidenciou Geovanna nas redes sociais.
Após a noite de agressões, a vítima e sua prima ligaram para o pai da vítima para fazer a denúncia à polícia, que, logo em seguida, prendeu Junio em flagrante perto de uma estação de metrô de Ceilândia, bairro onde Geovanna mora.
Ela ainda narrou que os dois não tinham uma relação concretizada e que durante os dois meses em que ficaram juntos, apesar dele já ter “levantado o tom de voz algumas vezes”, ela alega que nunca havia considerado isso um indício de que ele poderia agredi-la fisicamente.
— Algumas pessoas me falavam que ele já havia agredido uma ex, mas eu nunca acreditei, porque outras me falavam que era tudo mentira — completou a estudante de odontologia.
Em nota, a Polícia Civil do Distrito Federal afirmou que Junio ficou preso por dois dias e acabou liberado sem precisar pagar fiança, sendo encaminhado à Divisão de Controle e Custódia de Presos para procedimentos legais. A Justiça deferiu o pedido de medida protetiva, e ele deverá permanecer distante da modelo sob pena de voltar à prisão.
A ocorrência foi registrada na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher II, localizada em Ceilândia, como um caso de violência doméstica. Ainda segundo a PCDF, o incidente envolve tipificações de injúria, violação de domicílio e lesão corporal, enquadradas na Lei Maria da Penha.