PESO NO BOLSO DO CIDADÃO

Com lucro bilionário, Energisa quer revisão tarifária acima de 9,3% em Mato Grosso

Para o Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso (Sindenergia), o ideal é que a revisão não ultrapasse 5%

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A revisão tarifária da energia elétrica em Mato Grosso pode chegar a quase 10%, conforme discutido em audiência pública na última quinta-feira (9). O valor é praticamente o dobro da inflação final do último ano, de 5,79%, e também é maior que o reajuste do salário mínimo, cravado em 7%. Com lucro de mais de R$ 3 bilhões em 2021, a concessionária Energisa, porém, alega que o aumento vultoso não contempla positivamente a empresa. O lucro da empresa referente a 2022 ainda não foi divulgado.

 

 

Contudo, segundo a Energisa, o percentual proposto pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) — de 9,36% — representa impacto negativo de -3,55% para as contas da distribuidora. Atualmente, a Energisa embolsa 35% de todo valor pago pelos consumidores de energia elétrica em Mato Grosso.

 

 

Durante audiência pública realizada no auditório da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (Fiemt), o diretor do Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso (Sindenergia), Carlos Alberto Rocha, propôs valor bem abaixo do sugerido pela Aneel. Para o Sindicato, o ideal é que a revisão não ultrapasse 5%.

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“Entendemos que sair de 10% para 4% é uma batalha difícil, mas se ficar em torno de 5%, será uma grande vitória para o setor produtivo, já que qualquer reajuste não é bem-vindo na atualidade, tendo em vista que aproximadamente 60% das famílias mato-grossenses estão endividadas. Além disso, temos os desafios de conseguir incentivos para a indústria, de atender ao agronegócio que, lá na ponta, tem dificuldade de conexão, de ter mais investimentos na rede de distribuição elétrica do Estado, pois ela está bastante comprometida”, disse.

 

 

Além do impacto no consumo residencial, o Sindenergia destacou que o aumento da tarifa de energia elétrica gera uma reação em cadeia, aumentando os preços de todos os produtos que circulam no Estado e gerando forte impacto no bolso das famílias mato-grossenses.

 

 

Até o dia 17 de fevereiro, qualquer cidadão pode contribuir com propostas e sugestões relativas ao índice, por meio dos seguintes e-mails:

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[email protected] – Para o tema Revisão Tarifária
[email protected] – Para o tema Estrutura Tarifária
[email protected] – Para o tema Perdas Técnicas
[email protected] – Para o tema Indicadores de Continuidade (DEC e FEC)

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Encerradas as propostas, a Aneel analisará os relatórios apresentados antecipadamente pela Energisa e as sugestões recebidas nesta fase de debate público para, enfim, chegar no índice final da revisão tarifária, que será conhecido no dia 8 de abril.

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Lucas do Rio Verde

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