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Criança perde os movimentos do corpo após comer pizza portuguesa

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Uma reação alérgica após comer um pedaço de pizza mudou a vida de Luis Roberto Côrrea dos Santos, aos nove anos, e de toda a sua família. O menino, que mora em Cubatão (SP), teve um choque anafilático após ingestão de algum componente da receita e perdeu todos os movimentos.

Keyla Aparecida Galvão, mãe de Luis, conta que o menino foi diagnosticado com algumas alergias ao nascer, mas sempre foi medicado e, até então, não havia tido problemas graves.

“Uma noite saímos para comer pizza. Comemos uma portuguesa e depois voltamos pra casa. Meu marido, minha filha, o Luis e eu. Quando fui fazer minha filha dormir, já que ela ainda era bebê, meu marido disse que o Luis estava passando mal”, conta.

Primeiramente, a mãe achou que o menino estava tendo uma crise de bronquite, mas após a inalação Luis continuou reclamando e disse que o procedimento não estava funcionando e sua garganta estava fechando.

“Corremos para fora de casa, para levar ele para um hospital, e já na rua ele chegou a desmaiar no colo do meu marido. Conseguimos chegar com ele no Pronto Socorro Infantil de Cubatão e, depois do atendimento, os médicos disseram que meu filho ficaria em estado vegetativo.”

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Luis Roberto teve um choque anafilático, uma reação que pode ocorrer segundos ou minutos depois da exposição à substância que causa alergia. Segundo especialistas, se não houver um tratamento imediato, pode causar inconsciência ou morte.

Diversos exames foram feitos na época, mas não foi possível descobrir o que causou a alergia. “Muito se falou sobre o palmito, mas não podemos afirmar que foi isso. Só sabemos que foi algo da pizza”, relembra.

Keyla conta que, apesar do diagnóstico médico, o filho conseguiu sair do estado vegetativo. Hoje, o menino faz sessões de fisioterapia, fonoaudióloga e outros tratamentos que ajudam diariamente na recuperação, mas ainda não consegue se comunicar e os movimentos são bastante limitados.

“Quem viu ele antes e vê agora nem acredita. Está muito melhor. Começou a endurecer o corpo, tem movimentos, mas ainda não é coordenado. Em três meses de fono ele conseguiu voltar a comer pela boca, coisa que não fazia depois do choque. Para uns pode parecer pouco, mas cada evolução que ele tem é uma vitória para nós”, conta a mãe.

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Keyla deixou de trabalhar para poder cuidar do filho que, diariamente, faz uso de materiais de higiene e equipamentos de saúde para manter a qualidade de vida.

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“Só meu marido trabalha e o que ele recebe dá para comprar somente o básico. Quando não temos dinheiro para comprar alguma coisa em especial, eu não tenho vergonha de pedir ajuda. Já fizemos várias vaquinhas na internet”, diz.

A mãe, que hoje vive em função do filho, espera que um dia ele consiga sair dessa condição e volte a ser um menino independente. “É meu maior sonho. Nós saíamos direto, passeávamos muito e hoje tudo é mais difícil, mas não vamos desistir nunca”, finaliza.

G1

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