Cuiabano Voluntário da NOAA na Flórida Relata Alertas e Destruição com a Passagem do Furacão Idália

Eduardo Baldaci, um residente de Cuiabá que atua como voluntário na Agência Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA) na Flórida, compartilhou relatos impressionantes de alertas de tempestade e devastação resultantes da passagem do furacão Idália na manhã desta quarta-feira (30) no estado americano. Eduardo desempenha um papel crucial na agência, alertando a comunidade brasileira sobre situações de emergência quando há 60% de probabilidade de uma tempestade atingir as cidades.

Ele é membro de grupos de WhatsApp nos quais moradores de toda a Flórida compartilham informações sobre os estragos causados pela tempestade.

Eduardo reside com sua esposa e seus dois filhos em Orlando, uma cidade que escapou da rota do furacão. Ele explicou que a NOAA é uma agência dedicada ao estudo da atmosfera e dos oceanos. Quando informações sobre a rota de um furacão emergem, a agência começa a emitir avisos por meio de boletins a cada 6 horas.

“O furacão subitamente atingiu a categoria 4, o que é muito forte. Felizmente, Orlando não foi afetada, mas partes da Flórida sofreram sérios danos. Eu até dei uma entrevista para a Record Internacional, alertando sobre a possibilidade de o furacão atingir a Flórida. Sou voluntário da NOAA, e assim que o furacão se forma, a agência envia aviões com pesquisadores para o centro da tempestade, onde medem a pressão atmosférica e a velocidade do vento, fornecendo informações cruciais sobre a trajetória do furacão”, explicou Eduardo.

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Após atingir algumas cidades da Flórida, como Savannah, Charleston e Summerville, o furacão Idália segue em direção ao Oceano Atlântico, com a possibilidade de retornar à Flórida, desta vez afetando a região sul do estado, incluindo Miami.

Eduardo acrescentou que essa possibilidade é remota, mas os gráficos da NOAA indicam a chance do fenômeno voltar para a região sul, algo que não ocorria desde 1971.

Na proximidade de Orlando, na cidade de Tampa, localizada a 100 km de distância, as bordas do furacão causaram alagamentos em vários pontos. Até o momento, foram registradas duas mortes, quando dois homens estavam dirigindo e a tempestade os arremessou contra árvores.

Eduardo enfatizou a importância de respeitar os alertas de emergência. Existem dois tipos de comunicados: o primeiro é um aviso para que as pessoas saiam de casa a tempo de abastecer seus carros, comprar água, comida e organizar documentos. O segundo alerta é emitido quando o estado de emergência se torna iminente, com a tempestade se aproximando.

“Meu papel é informar. Eu aviso quando o governador alerta sobre uma tempestade que pode atingir o estado. Nesse ponto, as pessoas podem sair para fazer compras e se abastecer. Após o segundo alerta, é hora de ficar em casa, e quem não saiu não deve mais sair. No entanto, sempre há aqueles que acreditam que suas cidades não serão afetadas. Nossa família, como tenho o privilégio de saber com antecedência, já abasteceu o carro, fez compras e comprou água. Não vamos sair até recebermos uma ordem em contrário”, concluiu.

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