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Educadores denunciam no MPE atraso de recursos da Educação estadual

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Cerca de 70 diretores das escolas estaduais da Baixada Cuiabana definiram, durante reunião nesta terça-feira (31.07), no auditório da Escola Estadual Presidente Médici, denunciar ao Ministério Público Estadual e protocolar na Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT) documento cobrando os recursos de manutenção das escolas, em atraso há dois meses. A ação será a primeira de outros encaminhamentos, que tem apoio do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), ao exigir do governo Taques cumprimento dos repasses legítimos da Educação Pública.

“Não podemos admitir que o governo deixe de cumprir o direito básico do básico para o funcionamento da Educação Pública Gratuita, que são os repasses para a manutenção da escola”, destaca a presidente do Sintep/MT, Jocilene Barboza, que esteve na reunião em apoio aos diretores.

A presidente lembrou que a ação do governo Taques reforça o desmonte promovido pelo governo federal, quando deixa de implementar o Custo Aluno Qualidade, que definiria os investimentos necessários por estudantes em cada etapa da Educação (Infantil ao Ensino Médio).

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“Foram uma série de ataques aos recursos sociais que impactam no financiamento da Educação Pública. A princípio ao Plano Nacional de Educação retirando os recursos do Pré-Sal. Se somaram a implementação da Emenda Constitucional nº 95, que corresponde em Mato Grosso à EC n 81/2017, que cortarão mais investimentos sociais, e ainda a Desvinculação de 30% dos Recursos Orçamentários (DRU), sobre os 18% vinculados à Educação”, que tem desdobramentos nos Estados, apontou ela.

Jocilene alertou para o fato do governo Taques justificar os atrasos dos recursos para as escolas responsabilizando a folha de pagamento dos/as profissionais da Educação. “É importante que fiquemos atentos para esse jogo da atual gestão, de responsabilizar o pagamento de salários, pelos atrasos de investimentos da Educação. Os recursos não deveriam competir entre si.

Foi lembrado na reunião o montante de desvios do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), em 2017, que reteve R$ 550 milhões dos recursos para a rede estadual e municípios, antecipando o caos registrado atualmente. “É inadmissível que um estado que promova isenções e renúncias ficais em valores superiores aos destinados à Educação possa estar em crise”, afirma Jocilene.

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Após o encaminhamento do documento de cobrança para MPE e Seduc-MT, os gestores promovem na próxima quinta-feira (02.08) mobilização com pais, alunos e profissionais da educação sobre a situação. Na sexta-feira (03.08) realizam Audiência Pública, na Escola Liceu Cuiabano, na Capital, às 14 horas. E, se a situação de atraso nos repasse se mantiver, no dia 07 de agosto iniciam paralisação e nova rodada de reunião, para definir próximas ações.

 

 

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FONTE: ASSESSORIA

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Lucas do Rio Verde

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