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Indefinição do futuro da Escola Militar deixa plenário lotado durante sessão da Câmara

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Criada desde abril desse ano e funcionando em espaço provisório há três meses, a Escola Militar Tiradentes tem enfrentado momentos difíceis e a indefinição quanto ao espaço físico a ser ocupado a partir de janeiro vai inviabilizar o ingresso de novos alunos. Os problemas existentes no prédio ocupado atualmente poderão interferir nas atividades letivas do próximo ano.

 

A questão fez com que o plenário da Câmara fosse tomado na noite desta segunda-feira (05) durante a sessão ordinária. Alunos, pais de alunos da Escola Tiradentes dividiram o espaço com alunos do Centro de Educação de Jovens e Adultos (CEJA) José de Alencar. O segundo grupo foi ao Poder Legislativo defender seu espaço, já que os indícios são de que a Escola Militar Tiradentes pode ser transferida para a sede da instituição no bairro Veneza.

 

A Mesa Diretora cedeu espaço para que representantes da Comunidade Escolar da Escola Tiradentes usassem a Tribuna. O diretor da escola, tenente coronel Secchi, também usou a palavra e destacou a preocupação com as condições físicas do prédio ocupado após entendimento entre Governo do Estado e Prefeitura de Lucas do Rio Verde. O sistema elétrico não comporta a utilização de aparelhos de ar condicionado, por exemplo. Em dias mais quentes (é quase rotina) a rede desarma, desligando os aparelhos. Hoje, por exemplo, durante visita ao local, vereadores presenciaram um pequeno curto circuito nas instalações, uma demonstração clara de perigo a que alunos, professores e militares envolvidos na direção e coordenação estão submetidos diariamente.

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Além desses problemas, o local é inapropriado, não há conjuntos sanitários em número suficiente para atender aos alunos e não há quadra esportiva para o desenvolvimento de atividades físicas. Hoje, essas práticas acontecem a céu aberto trazendo riscos aos estudantes.

 

Por outro lado, o diretor da escola assinalou que a Escola Tiradentes vem cumprindo seu papel e despertado interesse da comunidade em ingressar no colégio. Porém, sem estrutura adequada, nada de processo seletivo para admissão de novos alunos.

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Durante o uso da tribuna, o oficial militar lamentou a polêmica existente e declarou esperar que a solução seja encontrada sem prejudicar o Ceja ou qualquer outra instituição. Tenente coronel Secchi, contudo, fez questão de desvincular o impasse do Ceja à Escola Militar, já que a polêmica existe desde 2017, bem antes da criação do colégio militar.

 

O diretor do Ceja, professor Wellington Zarelli, também disse esperar uma solução. Ele diz que a possibilidade de perder o prédio é real. Ele mostrou cópia de troca de emails da assessoria pedagógica solicitando a estrutura para ser ocupada pela Escola Tiradentes. Zarelli questionou onde serão alojados os mais de mil alunos do CEJA José de Alencar e os que ocupam o espaço vindo de outras escolas. O diretor mostrou-se favorável a escola militar, mas que ela conquiste seu próprio espaço físico.

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Os vereadores que foram à tribuna defenderam uma saída que contemple as duas comunidades escolares. O presidente da Câmara, último a se manifestar sobre o assunto, convidou representantes das duas instituições escolares, do Executivo Municipal e representante do Governo Estadual para uma reunião com os vereadores na próxima sexta-feira à tarde. Jiloir Pelicioli, o Mano da Saúde, espera que a polêmica possa ser encerrada com a escolha de um novo espaço. Ele sugeriu a ocupação da escola localizada na Comunidade Campinho Verde, desativada no ano passado. Caso a comunidade escolar Tiradentes não aprove, outras opções poderão ser apontadas. Uma delas, também sugerida nos bastidores, seria a locação de um espaço da Faculdade La Salle, ideia que agradou em parte pais de alunos da Escola Tiradentes. Porém, algumas situações continuariam sem definição, como uso de uma praça esportiva para atividades das turmas já criadas.

Fonte: Expresso MT

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