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Poluição da água supera caça como principal ameaça à extinção do peixe-boi marinho, diz especialista

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Extremamente simpáticos e carismáticos, os peixes-boi marinhos (Trichechus manatus) adoram o contato humano, mas foi essa docilidade um dos motivos pelos quais a caça predatória quase levou a espécie à extinção no século passado.

Embora a conscientização tenha superado esse problema, outra ação do homem mantém o peixe-boi na lista de animais em perigo de desaparecer, dessa vez de forma indireta: a poluição da água.

Especialistas estimam que o Brasil tenha entre 500 e mil peixes-boi marinhos ainda vivos nas costas do país. Há pelo menos 30 anos não há registros de caça ao peixe-boi, mas Pitágoras Viana Junior, coordenador de campo do Projeto Peixe-Boi na APA Costa de Corais, explica que cada vez mais ele perde seu habitat, atualmente a principal ameaça à conservação da espécie.

Segundo ele, essa perda acontece por causa da poluição industrial e de resíduos de residências, que afetam o peixe-boi diretamente, tanto clinicamente, com intoxicação, quanto indiretamente.

“O fato de frequentar águas poluídas enfraquece o seu sistema imunológico, o que causa infecções que podem vir a causar septicemia [infecção generalizada], matando o peixe-boi marinho”, afirma Viana Junior.

Foi o que aconteceu com um filhote de peixe-boi encalhado em junho em Maceió, na época em que o Desafio Natureza do G1 visitou o projeto (assista no vídeo acima). A necropsia apontou septicemia como causa da morte.

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