GERAL

Salário no Agro aumenta 16% enquanto o setor de serviços paga 10% menos, em MT

Publicado em

O valor médio do salário pago aos trabalhadores mato-grossenses contratados em empregos com carteira assinada teve aumento de 5,7% no primeiro semestre de 2018, se comparado com igual período de 2017. Apesar da majoração, a perspectiva continua baixa, já que na prática o rendimento médio passou de R$ 2,029 mil para R$ 2,145 mil, aumento de R$ 116.

No setor agropecuário o ganho foi o mais expressivo, sendo 16% maior, assim como no setor de comércio que teve aumento de 5%. Por outro lado, os trabalhadores do setor de serviço estão recebendo 10% menos, e empregados em indústrias 6,8% menos que no 1º semestre do ano anterior.

Apesar do cenário dividido em relação aos setores que estão pagando mais ou menos aos contratados, o mercado de trabalho em Mato Grosso segue uma tendência de criação de vagas. Nos sete meses encerrados em julho, foram criados 28,2 mil postos de trabalho com carteira assinada. Apesar disso, o contingente de desempregados no Estado permanece elevado, com 147 mil pessoas, ante 1,5 milhão de pessoas empregadas.

Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado mensalmente pelo Ministério do Trabalho confrontados com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada trimestralmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Leia Também:  Ciro Nogueira defende PEC da Transição só com Auxílio e salário mínimo

Em ambos os dados estatísticos, fica claro que a crise econômica que assolou o país a partir de 2014 até meados de 2016 ainda gera reflexos na macroeconomia. O mercado de trabalho ainda segue inconsistente. Os salários permanecem abaixo do ideal e os setores estão contratando de forma tímida.

No setor de agronegócio, de janeiro a julho foram criados 10,2 mil vagas em Mato Grosso, mas apesar do rendimento médio dos salários ter aumentado 16,5%, na prática isso significa R$ 300 de diferença, passando de R$ 1,830 mil no primeiro semestre de 2017 para R$ 2,133 mil em igual período deste ano.

Enquanto isso, no comércio o número de vagas criadas foi mais discreto, 3,081 mil. Já os salários pagos em média no setor teve aumento de R$ 97, passando de R$ 1,905 mil para R$ 2,002 mil na comparação entre o primeiro semestre de 2017 com igual período deste ano.

No setor de serviço a perda em um ano foi de R$ 186, apesar de 6,3 mil vagas criadas só em 2018. O trabalhador com carteira assinada neste setor tinha um rendimento médio de R$ 1,754 mil ao final dos primeiros seis meses de 2017, e percebeu R$ 1,568 mil ao final de igual intervalo de 2018.

Leia Também:  CCJ aumenta pena para crimes de discriminação e abandono contra idoso

Na indústria, o saldo de vagas geradas nos sete primeiros meses de 2018 é de 3,885 mil, por outro lado o rendimento médio dos trabalhadores neste setor foi 6,8% menor ao final do primeiro semestre deste ano, se comparado com igual período do ano anterior, passando de R$ 1,821 mil em 2017 para R$ 1,696 mil em 2018, uma perda de R$ 125 em um ano.

Anúncio

“Esse comportamento do mercado de trabalho é esperado nessa retomada do crescimento econômico. Isso porque é o último setor a sentir os efeitos da retomada. Com isso, esses fenômenos ocorrem tais como um menor salário e a grande demora de voltar ao trabalho daqueles que foram demitidos durante a crise”, explica o economista Vivaldo Lopes.

Ainda de acordo com o especialista a perspectiva para o mercado de trabalho a partir do 2º semestre deste ano é mais positiva, se comparada ao 1º semestre. Mesmo assim, não é possível contar com milagres na área econômica, já que mesmo crescendo, Mato Grosso voltará aos patamares econômicos de 2012 e 2

 

 

FONTE: RD NEWS

COMENTE ABAIXO:
Anúncio

Lucas do Rio Verde

MAIS LIDAS DA SEMANA