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Servidora do TCE diz ter achado promissórias atrás das cortinas

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A servidora Bruna Falchetti Lasmar, que atua como assistente administrativa no Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), declarou à Polícia Federal ter encontrado duas notas promissórias, no valor de R$ 2,05 milhões cada, escondidas no gabinete do conselheiro afastado José Carlos Novelli.

As notas estavam assinadas pelo ex-governador Silval Barbosa e teriam relação com a suposta propina de R$ 53 milhões que ele declarou ter pago a cinco conselheiros, para que os mesmos aprovassem suas contas e não fiscalizassem os esquemas referentes às obras da Copa do Mundo em 2014.

As alegadas propinas resultaram no afastamento de Novelli do cargo em setembro do ano passado, durante a Operação Malebolge, assim como de outros quatro conselheiros (Sérgio Ricardo, Valter Albano, Antonio Joaquim e Waldir Teis).

No depoimento, prestado no dia 9 de abril deste ano, Bruna Lasmar contou que trabalha para a conselheira substituta Jaqueline Jacobsen, que assumiu o lugar de Novelli após o afastamento.

A assistente disse que sempre prepara a sala do gabinete que era de Novelli antes da conselheira chegar no local. Bruna Lasmar relatou que na manhã do dia 4 de abril reparou que uma parte das cortinas estavam abertas e outra parte parecia que estava ao contrário, “com o forro à mostra”.

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“Quando fui arrumar esse forro, ao puxar a cortina, vi que caiu algo no chão, parecendo um envelope, com dizeres do Estado de Mato Grosso, uma espécie de ‘plano de ação’”.

Ela disse que a princípio não abriu o envelope e continuou a arrumar a cortina, ocasião em que notou que havia alguns quadros atrás.

“Quando peguei o envelope do chão para jogá-lo fora, senti que havia algo dentro, razão pela qual abri o envelope e vi duas notas promissórias no seu interior”.

As notas, conforme o relato, tinham valor de R$ 2,05 milhões cada e com datas de vencimento em 10/06/2014 e 10/07/2014, respectivamente, tendo Silval Barbosa como emitente.

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Bruna Lasmar então chamou o servidor Antônio Henrique, que é assessor da conselheira, e contou a situação a ele. Após, a assistente disse ter ligado para Jaqueline Jacobsen e combinado de se encontrarem no estacionamento do TCE, ocasião em que entregou o envelope a ela.

Os fatos foram confirmados, também em depoimento, pelo assessor Antônio Henrique e pela conselheira Jaqueline.

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“Bruna estava assustada, pois todos no tribunal têm acompanhado no noticiário informações sobre a Operação Malebolge”, disse o assessor na oitiva à PF. Fonte Midia News

 

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