Sorriso em uma missão espacial da NASA (Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço). Está parecendo coisa de sonho? Poderia ser, lá na década de 80 quando o sonho dos migrantes era construir uma cidade próspera e acolhedora. Hoje o que parecia impossível é realidade próxima moldada pela mão de três adolescentes e uma professora de física. Isso mesmo. Os estudantes Eduardo Pagnam Vieira, Larissa Paes e Karine Gabriela Ascoli e a professora Michele Poleze são os responsáveis por enviar um pouquinho de Sorriso para o espaço no foguete da NASA.
Com a supervisão de Michele, Eduardo, Larissa e Karine desenvolveram um projeto que busca analisar a intolerância à lactose no ambiente espacial. Inscrito na Missão Garatéa, o projeto foi o finalista no Brasil e o experimento será enviado ao espaço em um foguete da Nasa com previsão de lançamento para a metade do ano que os sorrisenses já tem o convite para acompanhar de [o lançamento] de pertinho, diretamente da base da NASA, na Flórida, nos Estados Unidos.
Além disso, os estudantes também foram convidados a palestrar para uma equipe da Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço e para outros estudantes em Wahsgton (DC). Antes disso, porém, eles farão uma pequena escala no laboratório da Universidade de São Paulo (USP) na próxima semana entre os dias 27 e 31 de janeiro para aprimorar o experimento.
Orgulhoso, Eduardo conta que eles voltarão de São Paulo com cinco tubos de ensaio. São minilaboratórios. Quatro ficarão conosco na Terra e um será lançado ao espaço por um período de 20 (vinte) dias no meio do ano. Depois o tubo nos será devolvido para que façamos a comparação do comportamento das bactérias entre o que foi pro espaço e os que ficarão na Terra, explica.
E não é só ele quem está orgulhoso da façanha. A diretora da Escola Regina Coeli, instituição em que eles estudam, Irmã Rosimeri Brighenti, pontua que 89 instituições escreveram projetos. E nossos alunos foram os finalistas. Estamos muito orgulhosos em representar Sorriso, o Estado de Mato Grosso e o Brasil na Missão Garatéa. Para isso, hoje viemos pedir o apoio da Prefeitura e da Câmara de Vereadores para viabilizar a viagem dos alunos para os Estados Unidos, explica.
Entusiasmado, o prefeito Ari Lafin parabenizou os estudantes, os pais, a professora e diretora da Regina Coeli e toda sua comunidade acadêmica. Fico imensamente feliz ao receber alunos do município com projetos tão relevantes e com destaque mundial. Quero parabenizar a todos os envolvidos direta e indiretamente no projeto. Quem sabe temos aqui na sala um futuro cientista que fará a diferença no mundo?, destacou Ari. O prefeito disse ainda que irá analisar uma forma legal para poder auxiliar os alunos. Essa é uma iniciativa que merece aplausos e buscaremos maneiras de auxiliar a escola, acrescentou.
Presente no encontro o vereador Cláudio Oliveira parabenizou os estudantes e todos os integrantes da escola e comprometeu-se em também buscar formas de ajudar na captação de recursos para a viagem.
Já a secretária de Educação e Cultura, Lúcia Drechsler destacou a importância da Missão Garatéa. Está edificada nos três pilares: inspirar, educar e construir. Parabéns à Escola Regina Coeli, estamos realmente deslumbrados com o projeto, disse.
Também participaram do encontro o secretário de Desenvolvimento Econômico, Cláudio Drusina e uma comitiva formada pelos pais dos estudantes responsáveis pelo experimento. O Missão Garatéa é desenvolvido pela NASA e o Brasil é a única comunidade fora da América do Norte a participar do programa. Garatéa é uma palavra do idioma Tupi-Guarabi e significa busca vidas.
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