MATO GROSSO

Mulheres que atuam na segurança pública relatam desafios e superação

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As mulheres que atuam nas forças de segurança de Mato Grosso relatam os desafios superados diariamente, nas polícias Militar e Civil, unidades prisionais, Corpo de Bombeiros, Polícia Técnica, assim como em cargos estratégicos de gestão e planejamento operacional. Tem 9 anos que a soldado Jéssyca Aparecida da Silva Duarte, 27 anos, está no Corpo de Bombeiros. Especialista em salvamento em altura, ela precisou superar o medo de altura para realizar o sonho de ser bombeira militar. 

“Estou realizada, mas ainda tenho objetivos para cumprir e alcançar na carreira. Já alcancei muitos, a corporação me abriu muitas portas e sou profundamente grata. A especialização em salvamento em altura, acredito que é uma forma de retribuir tudo aquilo que recebi. Quando a gente se desprende do próprio tempo para fazer um aperfeiçoamento, como fiz, estamos trabalhando para atender melhor a sociedade”, avalia a bombeira que está lotada no 1º Batalhão Bombeiro Militar (BBM), em Cuiabá.

Mato Grosso conta hoje com 4.100 mulheres em postos até há pouco tempo eram predominantemente masculinos. Destas, 550 mulheres são da Polícia Militar; 446 na Polícia Civil; 88 no Corpo de Bombeiros Militar; 370 na Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec); 317 no Sistema Socioeducativo; 1.162 no Sistema Penitenciário; 446 no Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT) e 341 em funções administrativas e estratégicas na sede da Secretaria de Segurança Pública (Sesp-MT).

Outras mulheres da segurança pública relatam como é trabalhar na área. Veja:

Valéria Rodrigues Fonseca, 51 anos, papiloscopista: Foi o trabalho técnico-científico que motivou Valéria a seguir carreira há 22 anos na Politec, onde para ela, as mulheres têm a mesma habilidade e competência dos homens para desempenhar nas várias áreas de atuação e um grande diferencial na qualidade dos serviços ofertados à população. “Sou uma pessoa muito curiosa e a Identificação para mim é sempre uma novidade. Você levanta informações e descobre a identificação de pessoas e eu gosto muito”, afirma.

Gislene Santos Oliveira de Abreu, 51 anos: Contadora de formação e doutora em Ciência Política, Gislene atua na Superintendência de Transporte (Sutran) da Sesp-MT. É servidora há 28 anos e garante que se sente valorizada. “Eu entrei para o Estado e não parei no tempo. Sempre procurei me capacitar, fiz especializações e cursos fora. Então, eu sou muito agradecida ao Estado de Mato Grosso porque não é qualquer lugar que você tem a oportunidade de fazer um mestrado e doutorado tendo todo o respaldo necessário. A minha carreira ao longo desses 28 anos tem o pessoal obviamente, mas também tem a oportunidade que o Estado de Mato Grosso me deu”, relata.

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Ana Paula Montes de Novais, 45 anos, agente socioeducativa: Agente do Centro de Atendimento Socieducativo Feminino de Cuiabá, Ana Paula conta que, a princípio, foi a profissão que a escolheu. “Quando teve o concurso eu fiz achando que era para o Lar da Criança, mas me falaram que era para a Fazendinha, como era chamado antigamente e lá você vai trabalhar com menores infratores. Hoje, todos sabem que gosto muito do trabalho, faço com muita responsabilidade e me sinto valorizada”, conta.

Thalyta Pimenta Jara, 38 anos, cabo da PM: A policial sabe que a missão de ser policial traz consigo grandes desafios e riscos. Segundo ela, ser policial não é um trabalho fácil nem para os homens nem para as mulheres e exige muito da parte psicológica, intelectual e física. Porém, a determinação e coragem a levaram a entrar para o Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar (PM). “O Bope, que tem o esquadrão de bomba, com o qual eu me identifiquei e comecei a me preparar para o curso. Passei todas as fases da capacitação, que teve 23 inscritos. Apenas, cinco se formaram”, conta. De mulher, somente ela passou. “Os desafios existem, têm os próprios equipamentos que são bastante pesados e exaustivos, como próprio traje que pesa cerca de 30 quilos e com o capacete uns 40 quilos, mas esses são desafios que fui vencendo e aprendendo a lidar a cada dia. Agora, pretendo estar sempre me especializando nessa área. A criminalidade sempre se especializa e a gente tem que estar sempre tentando estar um passo à frente”, frisou.

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Rayane Araújo Queiroz, 31 anos, policial penal: A segurança e estabilidade profissional, foram alguns dos fatores que inspiraram a policial penal a buscar uma carreira no Sistema Penitenciário. Hoje, ela atua na Penitenciária Central do Estado (PCE) e destaca o trabalho realizado com eficiência e qualidade. “Ainda tenho muita coisa para ser conquistada, mas me sinto feliz de ter alcançado esse objetivo. Não é fácil, não é simples estudar para concurso, ainda mais para quem como eu é mãe e tem que abrir mão, em alguns momentos, de estar com o filho. Mas, nós mulheres conseguimos unir a maternidade, a profissão e até mesmo a própria existência e ainda assim desempenhar com eficiência e qualidade o trabalho”, comentou. 

Adriana Teresa Nunes da Cunha Carnevale, 56 anos, analista de serviços de trânsito: Atualmente, ela ocupa o cargo de diretora de Conformidade Legal e Educação para o Trânsito do Detran-MT, e fala com orgulho da carreira que resolveu seguir. Após 13 anos na área administrativa, há dois anos ela atua no setor operacional com ações voltadas para a fiscalização e educação. “É um desafio muito grande assumir a diretoria, mas estou gostando muito, me sinto capaz e competente para exercer a função”, destaca.

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Judá Maali Pinheiro Marcondes, 36 anos, delegada: Ela é delegada há 11 anos e busca exercer a função com competência e determinação. Um dos grandes desafios assumidos foi estar à frente da Delegacia da Mulher em Cáceres, onde procurou encorajar as mulheres a buscarem os seus direitos, além ser a responsável por punir os agressores com agilidade e responsabilidade nas investigações. Atualmente, ela atua na Delegacia de Estelionato e Outras Fraudes de Cuiabá. “É uma carreira desafiadora, mas pela qual me apaixonei. O que mais me encanta na profissão é o dinamismo de poder atuar no operacional, de aplicar projetos sociais, de atender a vítima de forma humanizada e tentar resolver o conflito da maneira mais imediata possível”, afirma Judá Marcondes.

Fonte: GOV MT

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