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Conheça a história duas síndicas que fazem a gestão de 63 condomínios

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Christina Lima e Simone Sales cuidam de mais de 60 condomínios
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Christina Lima e Simone Sales cuidam de mais de 60 condomínios

Historicamente afastadas das posições de liderança, as mulheres continuam lutando por igualdade de gênero e ocupando novos espaços a cada ano, especialmente no mercado de trabalho. No setor imobiliário, uma profissão que vem crescendo entre elas é a de síndica. Segundo a Associação Brasileira de Síndicos e Síndicos Profissionais, as mulheres representam 51% dos 421 mil síndicos do país, que administram condomínios para 68 milhões de pessoas. A uCondo, plataforma completa para gestão de condomínios, conta as histórias de duas síndicas de sua rede que podem inspirar outras mulheres a descobrirem uma nova carreira.

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Christina Lima, de Recife (PE), tinha um extenso currículo em consultoria e gestão de hotéis e restaurantes no Brasil e no exterior (Espanha, Suíça e EUA) quando decidiu se aventurar nos condomínios da capital pernambucana. Ela experimentou a área em 2019, quando resolveu ser síndica do próprio prédio para solucionar os problemas que estavam tendo com uma péssima gestão. Já em 2020, ela decidiu estudar para ser síndica profissional e hoje acumula a gestão de 13 condomínios, com um total de 1.008 apartamentos, e uma equipe de quatro pessoas a auxiliando.

Apesar da ampla experiência em hotéis, ela garante que é uma dinâmica bem diferente dos edifícios residenciais e explica o desafio: “Eu costumo dizer que o morador de condomínio é um hóspede que nunca vai embora. É muito mais fácil agradar uma pessoa que passa uma ou duas semanas no lugar, de férias, do que alguém que está sempre lá, porque nunca se finaliza as atividades e melhorias. Manter um condomínio funcionando bem é um trabalho constante”, comenta Christina.

Simone Sales, de Teresina (PI), nunca se esqueceu do convite que transformou sua carreira: ao conhecer seu trabalho informal como síndica, um empresário propôs um contrato formal de prestação de serviço em outro prédio. Foi quando Simone decidiu se qualificar como síndica profissional, deixando seu emprego de gerente em uma administradora de consórcios. De seis anos pra cá, ela abriu sua própria administradora, que, atualmente, atende 50 condomínios – 12 nos quais ela mesma é síndica – e tem 20 funcionários. Ao todo, sua empresa atende cerca de 1.500 apartamentos.

Graduada em Administração e Direito, ela destaca a natureza multidisciplinar da profissão de síndica e como a formação em áreas diversas são bem-vindas: “É preciso estar disposta a aprender coisas novas e ter um conhecimento muito diversificado. Como síndica, você trabalha ao mesmo tempo com logística, financeiro, jurídico e comunicação, por exemplo. Também é preciso muita inteligência emocional para lidar com conflitos”, aponta Simone, mencionando também as habilidades comportamentais necessárias ao cargo.

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Ambas relatam situações de preconceito e machismo dentro da profissão e como lidam com isso. “Perdi a gestão de um condomínio porque acharam que eu não teria competência para acompanhar uma obra que estava sendo feita no prédio, e já enfrentei várias atitudes agressivas de homens”, conta Christina. “Também costumam achar que somos ‘meninas’ e não daremos conta do trabalho, principalmente o operacional. Mas eu mostro na prática que sou capaz”, afirma. Simone diz que “como síndica, você é líder do condomínio e precisa implementar regras, mas vários homens burlam as regras quando elas são colocadas por uma mulher. Não me acanho diante dessas atitudes, mas em casos agressivos, aciono o setor jurídico”.

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As dicas delas para mulheres que queiram se tornar síndicas, talvez não coincidentemente visto os relatos acima, são muito parecidas: ser autoconfiante, se candidatar e se colocar no mercado, não se abater por críticas negativas que têm como único objetivo o ataque pessoal, se unir à comunidade de mulheres síndicas que só cresce no Brasil, acompanhá-las nas redes sociais, trocar conhecimento, ideias e fazer networking, não as enxergando como concorrentes e, sim, como colegas de profissão.

Fonte: Mulher

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