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MULHER

Empresária cria startup para promover igualdade de gênero no mercado

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‘Se Candidate, Mulher’ é tricampeã de ‘Melhor Startup de Impacto’ e já ajudou mais de 3 mil mulheres
Foto: Reprodução/SCM
‘Se Candidate, Mulher’ é tricampeã de ‘Melhor Startup de Impacto’ e já ajudou mais de 3 mil mulheres

Uma pesquisa divulgada pelo LinkedIn revelou que, para se candidatar a uma vaga, mulheres sentem que precisam atender a todos os critérios solicitados, enquanto homens se candidatam após atender apenas 60%. Foi ouvindo esses dados que a empresária Jhenyffer Coutinho percebeu um problema: as mulheres brasileiras, mesmo que muito capacitadas, tinham dificuldade de se candidatar.

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Inquieta sobre essa realidade, a administradora resolveu mudar esse cenário com as próprias mãos. Assim, nasceu a “Se Candidate, Mulher”, startup de impacto social que busca reduzir a desigualdade de gênero no ambiente empresarial. Por meio de capacitações, parcerias, ações afirmativas e cursos, a SCM prepara mulheres para processos seletivos e incentiva candidaturas.

“A autoconfiança impede muitas mulheres de se candidatarem”, conta Jhenyffer. “Às vezes, elas têm o melhor currículo, a melhor preparação, mas se sentem impostoras. Eu quero mudar isso.”

Origem

Mesmo após se formar em Administração pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), criar uma startup era a última coisa que se passava na mente de Coutinho. “Eu não queria empreender, não tinha nenhum interesse nisso.”

Depois da graduação, a empresária conquistou uma vaga no Sebrae e, depois, na Associação Brasileira de Startups (ABStartups). Mas foi com sua ida aos Estados Unidos que seu espírito empreendedor deslanchou: “foi lá que comecei a ver que a pandemia deixou muitas mulheres desempregadas, eram oito milhões. Isso era um muito ruim.”

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E foi nesse estalo que a SCM nasceu, mesmo que de forma embrionária. Por meio de uma newsletter, Jhenyffer falava sobre o mercado empresarial para as mulheres. Em menos de um mês, ela já tinha 15 mil inscritos que recebiam seu conteúdo. “O negócio foi crescendo, eu criava grupos e grupos da newsletter, até ter meu celular lotado de mensagens. Tinha mais de 19 grupos lotados.”

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Depois de diagnosticar que as poucas candidaturas eram realmente um problema, a administradora sabia que tinha um bom negócio em mãos. Ao voltar para o Brasil, ela colocou as mãos à obra e, em três meses, tinha sua própria plataforma de capacitação feminina.

O reconhecimento nacional é tangível: desde sua criação, a SCM foi premiada em R$100 mil para aceleração pelo governo do Espírito Santo e também é tricampeã da categoria de ‘Melhor Startup de Impacto’ no Startup Awards, principal premiação de empresas emergentes no Brasil.

Atualmente, a startup trabalha com dois eixos: o B2B, que é o contato com outras empresas, e a SCM Academy, que busca capacitar mulheres na busca por um emprego.

A empresa

Time da Se Candidate, Mulher em 2022
Foto: Reprodução/SCM
Time da Se Candidate, Mulher em 2022

A SCM Academy oferece capacitações sobre oratória, autoconhecimento e entrevistas de emprego, além de disponibilizar revisões e feedbacks sobre marca pessoal, currículo e Linkedin. “Temos três planos. O primeiro é o trial gratuito, que oferece 15 dias de acesso à plataforma e conta até com Inteligência Artificial na melhora do currículo. O primeiro plano pago oferece 60 dias de acesso, validação personalizada, materiais, suporte e acompanhamento. O segundo oferece, além de todos os benefícios, uma mentoria personalizada”, conta a CEO.

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Por meio de módulos, as mulheres inscritas na plataforma têm acompanhamento constante por meio de mentorias coletivas ou individuais e, depois da capacitação, são adicionadas em um banco de talentos.

“Não tenho dúvida alguma que a falta de autoconfiança é um dos principais problemas que a gente tenta sanar com a SCM. Pode parecer clichê, mas muito de nosso mundo mina a confiança feminina na candidatura e no mundo profissional em geral.”

E é nesse banco de talentos que entra a principal atividade da Se Candidate, Mulher. Por meio desses dados, a CEO detalha que as empresas conseguem contratar com mais precisão, já que a plataforma oferece um minucioso recorte de categorias, como nível profissional, localização e preferência para o tipo de vaga (presencial, remoto ou híbrido).

A diversidade também é um pilar da SCM, já que o banco de talentos também trabalha com recortes raciais, de idade e gênero. “[A diversidade] é essencial aqui na SCM, e, para isso, a gente desenvolveu alguns programas e metas internas. Temos turmas intencionais e abertura de acesso para mulheres negras, travestis e pessoas trans. Levantamos muito essa bandeira, é nosso ideal”

Empresas como Accenture, Volvo, Coca Cola, Ambev e PicPay já utilizaram o serviço em busca de igualdade de gênero em suas bases de funcionários. Só em 2022, a startup reposicionou 3500 mulheres, com, no mínimo, duas contratações por dia. “Queremos sempre crescer, levando a igualdade de gênero junto”

Fonte: IG Mulher

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Lucas do Rio Verde

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