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Juliana De Biagi: Dor na relação sexual não é tudo igual

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Dor na relação sexual não é tudo igual
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Dor na relação sexual não é tudo igual

Dor na relação sexual é uma queixa muito comum no consultório de ginecologia e existem diversos fatores que podem estar relacionados à dor na penetração. É importante lembrar que dor na relação não é normal e se torna necessário descobrir a causa para um tratamento adequado e colocar fim ao problema. Por isso, o melhor caminho é buscar ajuda médica.

Dispareunia é o nome clínico dado a dor na relação sexual – a intensidade e a forma como sente a dor pode variar em cada pessoa. A dor pode acontecer no início da penetração, durante o sexo ou até mesmo depois, mas não necessariamente irá acontecer em todas as relações. Se não for tratada, pode piorar a qualidade de vida da mulher, afetando os relacionamentos, autoestima e a saúde mental.

A dispareunia pode acontecer por vários fatores físicos ou psicológicos, como infecções sexualmente transmissíveis, alterações hormonais, endometriose, falta de lubrificação ou ainda de causa emocional, como ansiedade, depressão, estresse, medo, história de abuso sexual. A dor durante ou após o sexo acaba diminuindo a libido, podendo levar até mesmo uma aversão ao sexo.

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As causas da dor podem ser superficiais, na entrada da vagina, por falta de lubrificação vaginal suficiente (amamentação, puerpério, menopausa, até o uso de certos medicamentos, como anticoncepcionais), machucados e fissuras na pele, vaginismo e alterações anatômicas. A dispareunia profunda acomete o fundo da vagina, por endometriose, doença inflamatória pélvica, prolapsos, cisto ovarianos e causas não ginecológicas como infecção urinária, constipação crônica, síndrome do intestino irritável.

Nem sempre o diagnóstico é fácil, por isso, se você sofre com dor durante ao sexo, é importante procurar um profissional da saúde para identificar o problema e fazer o tratamento corretamente.

Uma das doenças que podem causar dispareunia é o vaginismo, uma disfunção sexual que acomete 7% das mulheres. Essa porcentagem possivelmente é muito maior, pois se trata de uma condição que muitas mulheres não procuram ajuda. O vaginismo é caracterizado por contrações involuntárias dos músculos do assoalho pélvico da mulher, não permitindo a penetração vaginal durante o contato íntimo ou a inserção de outros objetos, como absorvente interno ou espéculo vaginal, que é utilizado pelo ginecologista durante exames de rotina.

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O tratamento do vaginismo é direcionado para a causa da disfunção e tem como principal objetivo acabar com a contração involuntária que caracteriza a doença. O tratamento pode incluir sessões de fisioterapia, psicoterapia e terapia sexual. A fisioterapia trata a parte física do vaginismo através de técnicas de conhecimento do próprio corpo e aprendizado em relaxar a musculatura do assoalho pélvico, aumentando a sua percepção da pelve, o que impede o espasmo involuntário no momento da relação ou outra penetração local, como absorvente interno ou exame médico.

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A dor na relação sexual pode ser um sintoma de uma condição médica subjacente e pode afetar a vida sexual, a intimidade emocional e a autoimagem. Se você está sentindo dor na relação sexual de forma constante, marque uma consulta médica.

Fonte: Mulher

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