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Morre Vana Lopes, ativista e 1ª vítima a denunciar Roger Abdelmassih

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Vana Lopes era a fundadora do Grupo Vítimas Unidas
Reprodução/Facebook
Vana Lopes era a fundadora do Grupo Vítimas Unidas

A ativista Vana Lopes, a primeira mulher a denunciar os abusos do ex-médico Roger Abdelmassih, morreu na madrugada deste sábado (28), aos 62 anos, vítima de um câncer de mama. Ela, que morreu em sua casa em São Paulo, lutava contra a doença há quatro anos e, há um ano e meio, descobriu que os nódulos já haviam se espalhado por várias partes do corpo. A notícia foi confirmada por pessoas próximas a ela com exclusividade ao  iG Delas

Vana fundou o Grupo Vítimas Unidas pouco tempo depois de prestar queixa à polícia sobre os abusos que sofreu em 1993 em uma clínica particular em São Paulo. A partir daí, a ativista reuniu denúncias de várias outras mulheres que também foram abusadas pelo ex-médico, além de acolher centenas de casos de todos os tipos de crimes hediondos, dando suporte às vítimas. Ela também escreveu o livro 

Ela morava em Portugal quando descobriu a doença e, mais recentemente, voltou ao Brasil com o marido, Jorge Duarte, a fim de tentar um tratamento em São Paulo, mas o câncer já tinha tomado 80% de seu corpo. 

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Em seus últimos meses de vida, a ativista — autora do livro “Bem-Vindo ao Inferno” — estava envolvida na luta pela aprovação do projeto de Lei do Estatuto da Vítima (PL 3890/20), que ainda aguarda a criação de uma comissão temporária na Câmara dos Deputados, em Brasília. O documento tem o intuito de humanizar, educar e evitar a revitimização de pessoas vulneradas em seus direitos.

Para amenizar as dores nos ossos provocado pela doença, Vana viveu seus dias sob os efeitos de morfina e ópio e, em uma publicação feita no dia 2 de janeiro no Facebook, ela relatou um pouco da rotina difícil.

“Gente, obrigada por cada oração. Estou com minha amada filha no hospital e finalmente conseguimos a morfina, dose forte na veia. Não precisarei ficar aqui internada, estou no soro, pois passei mal, porém daqui no máximo duas horas estarei no seio da família. Devo dormir boas horas, por isso não darei notícias. Acredito em cada oração e nos planos espirituais que me enviaram. Deus existe e nos ama””, escreveu. 

Nota de pesar do Grupo Vítimas Unidas:

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É com grande pesar que o Grupo Vítimas Unidas lamenta a morte de sua fundadora e ativista Vana Lopes, que nos deixou na madrugada deste sábado (28). Ela, que tanto fez por centenas de vítimas de crimes hediondos no Brasil, descobriu um câncer de mama há quatro anos e enfrentava bravamente esta doença terrível.

Em toda sua trajetória, Vana lutou para punir seu abusador, o ex-médico Roger Abdelmassih, e trabalhou para que outros criminosos hediondos também fossem condenados por seus atos.

Recentemente, em seus últimos meses de vida, ela continuou a luta pelo projeto de Lei do Estatuto da Vítima (PL 3890/20) que tem o intuito de humanizar, educar e evitar a revitimização de pessoas vulneradas em seus direitos.

Vana morreu em São Paulo em função do tratamento e deixou seu amado marido, Jorge Duarte, que estava com ela no Brasil, mas precisou voltar a Portugal. Ela deixa uma filha, uma neta e uma bisneta, que era sua atual grande paixão. Os detalhes sobre o velório e enterro serão divulgados posteriormente.

Maria do Carmo Santos Presidente do Grupo Vítimas Unidas Taís Carmenzind Vice-presidente do Grupo Vítimas Unidas

Fonte: IG Mulher

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