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No amor e nos negócios: como é a vida dos casais que empreendem juntos

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Ellen Fernandes e Ronaldo Godoi da Red Fitness
Mark Moraes/Divulgação
Ellen Fernandes e Ronaldo Godoi da Red Fitness

A rotina de um relacionamento amoroso é desafiadora, agora imagine quando, além das questões afetivas, entram em campo os negócios. Casais que dividem a vida pessoal e profissional ensinam como achar um equilibrio para conseguir lidar com esse arranjo. Elle Fernandes, CFO da Red Fitness, vive essa parceria dupla há mais de 10 anos com o marido, Ronaldo Godoi.

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O projeto de empreendedorismo começou em 2012, com um estúdio de pilates sem marca, mas com um trabalho sério e uma clientela fiel. Com pouco recurso, foram aos poucos comprando equipamentos de academias usados e a casa de amigos, parentes e até do vizinho se transformaram em depósitos para os itens.

“No início de 2013, com tantos alunos nas aulas de pilates e dada a quantidade de equipamentos de musculação e aeróbico, começamos evoluir a ideia de abrir nossa academia. Achamos um pequeno espaço no bairro do Mandaqui, em São Paulo, e contamos com a ajuda de familiares para a locação do ponto e para reformar e pintar os aparelhos. Revezando na recepção começamos de forma simples e modesta, a Red Fitness”, lembra Elle, que abriu mão da carteira assinada para se dedicar ao negócio. A Red Fitness cresceu e a parceria só se fortaleceu.

Tem algum segredo para essa receita dar certo? “Acredito que o grande segredo é saber dividir funções e jamais permitir que um invada o espaço e a decisão do outro. Um não invade a área do outro, eu não falo ou faço nada ligado a função técnica como técnicas de treinos ou aulas novas, e ele não entra na área financeira e administrativas. E sob hipótese alguma levar ao ambiente profissional os sentimentos que devem permanecer em casa, principalmente na frente ou perto de funcionários, o exemplo de respeito começa por nós”, dá a dica a empresária.

Helena Gusmão e Renan Kvacek - Cofundadores da SILVA
Rodrigo Oliveira/Divulgação
Helena Gusmão e Renan Kvacek – Cofundadores da SILVA

Helena Gusmão e Renan Kvacek, cofundadores da SILVA, estão juntos há 8 anos, como casal e sócios, e desse tempo, 5 anos como casados. “Uma curiosidade é que nos conhecemos na catraca do metrô, em horário de pico. Eu brinco que foi que o Renan (que já tava com segundas intenções) soube que eu era da área de comunicação e me chamou pra essa “aventura cheia de pretextos”. Um flerte empreendedor que deu e tem dado certo até agora”, conta Helena.

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O negócio começou em 2015, como uma agência de casting de modelos das periferias e favelas do Rio de Janeiro. “Com o tempo, fomos entendendo nossa entrada como produtora audiovisual para agências e marcas. Até que, em 2019, passamos por uma reformulação de negócio e nasceu a SILVA, como agência criativa.”

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A maior dificuldade, diz, é conseguir separar vida pessoal e profissonal. “E não adianta se enganar, às vezes, não é possível. Somos humanos e nem todo dia estamos com a inteligência emocional da melhor forma. É entender esses momentos e abraçá-los. Dividir horário comercial do pessoal. Sair do personagem sócio para marido ou esposa. Levar trabalho pra casa é um desafio universal, pra gente é a extensão da nossa relação. Não que isso seja bom, mas ficamos alertas constantemente para quando precisamos frear os assuntos e preocupações de trabalho”, ensina.

O segredo de Elle e Renan é comunicação em dia e terapia. “Sem isso, seria impossível. Não dá pra romantizar e dizer que são mil flores. O propósito e os objetivos precisam estar alinhados. É uma decisão diária em querer fazer dar certo e que exige muito diálogo, até nas discordâncias. Algumas coisas que fazemos, por exemplo, são: evitar trabalhar nos mesmos assuntos/projetos, um gosta de trabalhar mais de casa, outro do escritório. São formas de separar, minimamente, e criar um afastamento saudável. Cada um tem seu espaço e isso tem nos ajudado de alguma forma.”

Fernanda Ribeiro e Sérgio All - Cofundadores da Conta Black
Divulgação
Fernanda Ribeiro e Sérgio All – Cofundadores da Conta Black

Fernanda Ribeiro e Sérgio All, cofundadores da Conta Black, estão nesse caminho juntos há 18 anos consecutivos. “Nossa primeira experiência de trabalho juntos, começou com a fundação da Afrobusiness – uma rede de empreendedores, intraempreendedores e profissionais liberais pretos, onde conectamos empreendedores entre eles para fomentar o que chamamos de blackmoney e conectamos esses à cadeia de valor de grandes empresas. E nesse ambiente, identificamos um gap financeiro deles, que muitas vezes não têm acesso a crédito e bancarização. Uma demanda muito semelhante à do Sérgio, que alguns anos atrás teve o crédito negado, mesmo com todos os requisitos para acessá-lo. A partir daí nasce a Conta Black, em 2018 como uma conta digital e atualmente nos identificamos como um hub de produtos e serviços financeiros alocados em uma conta digital”, relembra Fernanda.

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Qual a maior dificuldade em compartilhar vida pessoal e profissional? “Normalmente essa é uma dúvida muito mais externa do que interna, porque no dia a dia nos esquecemos que temos um relacionamento, porque conseguimos separar a nossa vida pessoal do trabalho. Tanto que tem muitos parceiros e até pessoas do time que sabem do nosso relacionamento pela mídia. O único momento em que tivemos dificuldades para lidar com isso, foi durante o começo da pandemia, em que nossos ambientes de trabalho e pessoal, se misturaram. Em resumo, a nossa maior dificuldade é lidar com a expectativa externa e não com o nosso processo propriamente dito”, recomenda.

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O segredo do casal é levar as coisas com leveza, mas impor limites físicos para nos ajudar nesse processo. “Algo que fazemos é separar, no escritório só falamos sobre trabalho e em casa sobre assuntos pessoais. No trabalho isso funciona muito bem, mas as vezes em casa, às vezes os temas se misturam e nosso trunfo é nos policiarmos, entre nós. “ok, falamos sobre isso, amanhã no escritório” ou “não vamos falar de trabalho aqui”, sempre fazemos isso”, dá a lição.

O que não pode faltar? “Tenham o companheiro como sua principal rede de apoio, atrele a realização de sonhos pessoais aos do negócio, isso é muito importante para nos mantermos no foco, apesar de qualquer coisa. Sem dúvida alguma, separar os temas e seja lá qual foi o mecanismo utilizado, nós usamos barreiras físicas, mas é importante separar. Acreditamos que não dá pra faltar bom humor. Rir, inclusive das nossas tragédias! Óbvio, que nem tudo são flores, mas é importante acolher esses sentimentos.”

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Fonte: Mulher

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