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Psicóloga dá dicas para acolher mães que tiveram perda perinatal

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Breve manual pode auxiliar amigos e familiares a se conectarem da melhor forma com as mães no momento do luto
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Breve manual pode auxiliar amigos e familiares a se conectarem da melhor forma com as mães no momento do luto

Além da dificuldade de lidar com o luto, existe a dificuldade de a sociedade saber como lidar com a pessoa em luto. É comum faltarem palavras apropriadas ou até acabarmos falando mais, ou menos, do que o necessário. Para a psicóloga Daniela Bittar, uma das organizadoras do Grupo Colcha, de acolhimento às mães e famílias que sofreram perda gestacional e neonatal, o luto é um caminho a ser percorrido para que a dor se transforme.

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“No caso das mães, é um luto duplo, pois ela precisa lidar com a morte do bebê e também com a morte daquela versão dela mesma que foi construída durante a gestação. A mãe é a representação daquele filho. Quem fica é ela, mas é uma nova versão dela, com toda a carga emocional gerada por aquela situação. Precisamos oferecer amor, afeto, escuta ativa e amparo para elas de forma sincera, e não por curiosidade”, explica Daniela.

Confira as dicas da psicóloga para saber o que se deve ou não falar e como agir com uma mãe nesse momento delicado:

O que fazer

  • Ofereça um abraço carinhoso e sincero;
  • No primeiro momento do luto, a pessoa precisa de tempo para digerir a perda. Envie uma mensagem e se coloque à disposição. Não insista, mas também não “suma”, volte depois de algum tempo, geralmente depois do primeiro mês, para oferecer seu afeto;
  • Seja um ouvinte amoroso e empático. Às vezes ter a possibilidade de desabafar sem julgamentos é o que aquela mãe precisa;
  • Caso seja uma pessoa próxima, mande um carinho em forma de flores ou comida, por exemplo. Pode ser um acolhimento caloroso no momento de dor;
  • Continue próximo, principalmente após o primeiro mês, quando a maioria das pessoas somem. Seja rede de apoio, pois ela continua precisando de atenção e carinho.
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O que não fazer

  • No primeiro momento do luto, não ligue ou insista o contato. Muitas vezes a pessoa precisa de um tempo maior para digerir a situação;
  • Não faça contato por curiosidade e para saber os detalhes do que aconteceu. Ofereça um acolhimento sincero, se for a sua intenção;
  • Evite falar frases como “foi melhor assim” ou “ainda bem que…”. No momento da dor, não há lado bom para quem sofreu uma perda;
  • Comparações: Cada história é única, não é legal tentar criar uma competição de “quem sofreu mais” comparando o que aconteceu com a pessoa X ou Y;
  • Não diga para a pessoa evitar falar no assunto para que esqueça mais rápido. O luto não tem forma ou tempo certo. Ele precisa ser vivenciado para que a dor se transforme.

Fonte: Mulher

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