POLÍCIA

A Operação “Falso Profeta” desarticula quadrilha que promete lucros milionários à fidelidade

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Dois pastores foram detidos na Operação “Falso Profeta” conduzida pela Polícia Civil do Distrito Federal na manhã desta quarta-feira (20). Além disso, foram cumpridos 16 mandatos de busca e apreensão em Mato Grosso, Goiás, Paraná e São Paulo. As investigações revelaram que esses suspeitos faziam parte de uma rede criminosa que explorava a fé de vítimas evangélicas, convencendo-as a investir dinheiro com a promessa de retornos financeiros astronômicos.

 

O golpe envolveu o uso de redes sociais (YouTube, Telegram, Instagram, WhatsApp, etc.), explorando a fé e crenças religiosas das vítimas e invocando teorias conspiratórias, como “Nesara Gesara”, para persuadi-las a investir suas economias em operações finanças fictícias ou projetos humanitários falsos. Os ataques prometeram lucros imediatos e retornos financeiros extraordinários.

 

Um exemplo das promessas enganosas era convencer as pessoas de que um depósito de apenas R$ 25 resultaria em um retorno de “um octilhão de reais” ou que investir R$ 2.000 geraria 350 bilhões de euros.

 

Esse golpe é um dos maiores já investigados no Brasil, afetando pessoas de diferentes estratos sociais em quase todas as cidades do país, com estimativas de mais de 50 mil vítimas.

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O grupo criminoso é composto por aproximadamente 200 membros, incluindo amostras de líderes evangélicos autodenominados pastores, que manipulam e enganam os fiéis que frequentam suas igrejas, fazendo-os acreditar que foram escolhidos por Deus para receber “a Benção” em forma de quantias milionárias.

 

A investigação participa de uma rede criminosa organizada, hierarquizada e especializada em crimes como falsificação de documentos, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e estelionato por meio de redes sociais. Eles se utilizavam de pessoas jurídicas fictícias, simulando serem instituições financeiras digitais com capital social declarado, para fazer com que as vítimas acreditassem que receberiam fortunas. Além disso, celebraram contratos fraudulentos com promessas de liberação de quantias irreais provenientes de títulos de investimento inexistentes, supostamente registrados no Banco Central do Brasil (Bacen) e no Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF).

 

A investigação também revelou uma movimentação de mais de R$ 156 milhões nos últimos 5 anos, além da existência de cerca de 40 empresas fictícias e mais de 800 contas bancárias suspeitas.

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Em dezembro do ano passado, a Polícia Civil do Distrito Federal prendeu um suspeito envolvido no esquema após ele usar documentos falsos em uma agência bancária e simular um crédito de cerca de R$ 17 bilhões. No entanto, mesmo com essa prisão, o principal influenciador digital da organização criminosa continuou aplicando golpes.

 

Além das prisões e mandatos de busca e apreensão, foram tomadas medidas preventivas para bloquear valores e redes sociais, além de uma decisão judicial proibindo o uso de redes sociais e mídias digitais.

 

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A operação contou com a participação do Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor), bem como das Polícias Civis dos estados de Goiás, Mato Grosso, Santa Catarina, Paraná e São Paulo.

 

Os suspeitos poderão ser acusados ​​de estelionato, falsificação de documentos, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, crimes contra a ordem tributária e organização criminosa, dependendo de seus envolvimentos no esquema.

 

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