POLÍCIA

A DROGA DO MOMENTO: Skank é 26% mais forte que maconha e frita o cérebro

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De tempos em tempos surge um novo tipo de entorpecente e a droga do momento é o skank (também conhecida como skunk), um tipo de maconha mais potente, cultivada de forma diferente. O delegado Victor Hugo Bruzulato Teixeira, que está à frente da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), explicou que enquanto o Tetra-hidrocanabinol (THC), o alucinógeno que dá a famosa “brisa” ou "barato", chega a ser cerca de 26% a mais no skank que na maconha normal.

 

 

Para você ter uma ideia a concentração de THC na maconha comum é de 2% a 4% e no skank pode chegar a 30% o THC, aponta.

 

 

Devido aos equipamentos necessários para produção, o skank chega a custar 50% mais caro que a maconha comum. O skank é embalado a vácuo.

 

 

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Ela [a droga] é cultivada de uma forma diferente. Ela usa o sistema hidropônico, que é um sistema com água, e a iluminação na parte desse cultivo tem que ser mais intensa, até na produção faz um processo diferenciado. O efeito dela é mais intenso. A chamada ‘brisa’, como é popularmente conhecida, é bem mais intensa. Por isso ela tem essa demanda muito alta ultimamente, explica o delegado.

 

 

Bruzulato relata que o mundo do tráfico de drogas é dinâmico e, assim como há dezenas de drogas sintéticas aparecendo, o skank é a moda do momento.

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Temos apreendido muito skank vindo da região do Mato Grosso do Sul que, na verdade, a gente sabe que vem do Paraguai, pontua.

 

 

Ele explica que não há grandes áreas de cultivo e produção de drogas no Brasil e que a maioria dos entorpecentes que circula em Mato Grosso vem da Bolívia, Peru, Colômbia e do Paraguai.

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Trabalho da Polícia

 

 

A DRE, segundo o delegado, tenta sempre estar um passo à frente dos traficantes e para isso vem apostado no trabalho conjunto com outras forças. Em 2020, a DRE bateu o recorde de apreensão de entorpecentes. Enquanto 2019 fechou com apreensão de 1,3 tonelada de drogas, em 2020 esse número já foi superado.

 

 

 

 

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Nós batemos recorde de apreensão, de todos os tipos de drogas. Seja cocaína que a maioria vem da Bolívia, ou da maconha que vem do Paraguai. Tem aumentado demais as apreensões conta o delegado.

 

 

Bruzulato aponta que isso é fruto do trabalho da área de segurança.

 

 

O que nós fizemos foi integrar as forças de segurança para combater com o rigor o tráfico de droga. Dando prioridade nesse combate. Então, com certeza, isso tem sido fruto do trabalho da polícia.

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Efeitos devastadores

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A supermaconha ou maconha skank, em razão de sua grande concentração de THC, é considerada muito mais prejudicial do que a maconha comum. A maconha skank precisa de menor quantidade da erva para conseguir os mesmos efeitos da maconha ou, se fizer uso de quantidades maiores, a pessoa chega a ter alucinações e prejuízos irreversíveis nos neurônios, perdendo o controle da coordenação motora e da memória, entre outras coisas.

 

 

O THC é absorvido pelo fígado, sendo depois levado para o cérebro e para o aparelho reprodutor. O seu uso pode provocar danos nos neurônios que, com o passar do tempo, se tornam prejudiciais a ponto de não serem mais reversíveis.

 

 

Os efeitos da maconha skank são os mesmos da maconha comum, mas muito mais intensos, gerando aumento do apetite, excitação (inclusive sexual), pupilas dilatadas e olhos vermelhos, falta de percepção de tempo e espaço.

 

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Na maconha skank, como os efeitos são bem mais intensos, o cérebro do usuário acaba sendo “fritado”, ou seja, o usuário cria danos cerebrais tão intensos quanto a quantidade de THC e o que uma maconha comum pode levar anos para provocar, a supermaconha pode levar apenas meses.

Fonte: Reporter MT

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