A família do caminhoneiro Claudio Barbosa de Oliveira, 53 anos, acusa a advogada Gisele Lacerda Gennari Gomes da Silva de ter se apropriado de valores referente a uma ação judicial. O caminhoneiro havia contratado os serviços da jurista afim de que conseguisse aposentadoria devido a um câncer na garganta.
A denúncia foi feita com exclusividade. Segundo a família, o Claudio procurou os serviços da advogada ao descobrir a doença grave – um câncer na garganta – no ano de 2018.
Objetivo do trabalhador era receber os valores retroativos de uma aposentadoria por invalidez, que lhe havia sido negada pelo INSS administrativamente.
“Diversas vezes procurei a advogada, sempre com a resposta que não tinha nada, sempre dizendo que o INSS não tinha pago ainda. Minha sobrinha descobriu que o dinheiro estava já depositado no processo”, consta no boletim de ocorrência feito contra a advogada.
Ainda segundo a família, Cláudio foi até o Banco do Brasil e descobriu um saque no processo no valor de R$ 44.376,66 (mais de quarenta e quatro mil reais). O dinheiro foi transferido para um conta na Caixa Econômica no nome da advogada.
“Necessito desse dinheiro para comprar remédios e para minha subsistência”, argumenta o motorista.
O Tribunal de Ética e Disciplina (TED) da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) – informou que não comenta sobre processos em andamento, então não é possível afirmar se a citada advogada responde à ação institucional.
Estatuto da Advocacia artigo 72 parágrafo 2º: “O processo disciplinar tramita em sigilo, até o seu término, só tendo acesso às suas informações as partes, seus defensores e a autoridade judiciária competente”.
Outro lado
A reportagem tentou contato com a advogada citada na reportagem. Gisele Lacerda afirmou que iria se posicionar sobre o caso, mas até a publicação não houve retorno. O espaço continua aberto para manifestações que a advogada achar pertinente.