POLÍCIA

Antes de tragédia, jovem flagrou policial civil com outra

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Antes de tirar a própria vida, Daiane Tonetta Neitzeke, 26, flagrou o ex-namorado, policial civil de 38 anos, com outra mulher, o que motivou uma discussão entre eles. Em depoimento à Polícia, ele contou os últimos momentos vivenciados dentro da casa, até a chegada dos policiais, que encontraram o corpo dela no banheiro.

Na versão narrada pelo policial, ele conta que mora há alguns anos na casa alugada do Jardim Guanabara ao lado de 3 amigos e que, na noite de domingo (3), fizeram uma festa com outras pessoas. Uma das convidadas acabou dormindo com ele.

Já por volta das 9h30 de segunda-feira (4), a mulher estava deixando a residência quando Daiane entrou e flagrou os dois, iniciando uma discussão. A mulher foi embora, sobrando apenas o ex-casal na casa.

Conforme apurado pelo , os dois tiveram um relacionamento conturbado, marcado por discussões motivadas por ciúmes. Tanto da parte dela, quanto dele, fato confirmado por amigos próximos.

Ainda no relato do policial, durante a briga, Daiane teria ficado muito nervosa, quebrando garrafas de bebidas que estavam pela casa. Em seguida, pegou a chave do carro dele e foi para a casa da ex-sogra.

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Após um período, ela retornou à casa com o carro batido em algumas partes, retomando o bate boca. A jovem foi para o andar superior, se trancou em um dos cômodos. Os dois passaram a se comunicar por WhatsApp.

Tiros

Policial contou que após alguns minutos de conversa, ouviu um disparo de arma de fogo. Momento em que ele acionou a Polícia Militar via 190, que chegou ao local e encontrou com o homem na calçada de casa.

Nesse momento, foi ouvido mais um tiro. Batalhão de Operações Especiais (Bope) foi acionado, já que Daiane não respondia mais o WhatsApp e nem atendia as ligações.

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Quando os policiais do Bope chegaram e entraram na casa, precisaram arrombar a porta do banheiro, onde encontraram o corpo da jovem. Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e a equipe médica constatou o óbito.

Perícia encontrou a arma usada pela vítima – que pertence ao policial civil – entre as pernas dela, com duas capsulas deflagradas. O tiro entrou pela boca e saiu na nuca.

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DHPP confirma suicídio

Durante o registro da ocorrência, começaram a levantar hipóteses de que o crime não se tratava de um suicídio, mas o fato foi confirmado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Delegada Jannira Laranjeira, que acompanha o caso, informou que todos os depoimentos colhidos confirmam a versão, já que o ex-namorado estava do lado de fora da casa junto da Polícia Militar, quando foi ouvido o último tiro.

Apesar dos caminhos que a investigação leva, um inquérito foi instaurado pela DHPP. Além disso, Corregedoria da Polícia Civil vai abrir um procedimento para esclarecer o caso.

Ajuda

Uma das portas para ser ouvido é o Centro de Valorização da Vida (CVV), que realiza apoio emocional e prevenção ao suicídio. O CVV atende voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por meio do telefone 188, email e chat 24 horas todos os dias. Mais informações https:// www.cvv.org.br/.

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