Apoiador de Bolsonaro é condenado a 14 anos de prisão por ter assassinado eleitor de lula com machado

O Tribunal do Júri emitiu uma condenação de 14 anos de prisão a Rafael da Silva de Oliveira pelo homicídio qualificado de Benedito Cardoso dos Santos, ocorrido em um sítio em Confresa em setembro do ano passado. O veredicto foi proferido nesta quinta-feira (24), em Porto Alegre do Norte.

A denúncia apresentada pelo Ministério Público foi acolhida pelos jurados, que reconheceram as três qualificadoras. Segundo a promotora de Justiça substituta, Daniela Moreira Augusto, o entendimento do Tribunal do Júri foi de que o crime foi motivado por razões fúteis, executado de maneira cruel e com o uso de recurso que dificultou a defesa da vítima.

O homicídio ocorreu em 7 de setembro de 2022, durante uma conversa sobre política entre Rafael e Benedito, que fumavam juntos. O acusado, declaradamente apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, discordou do posicionamento político de Benedito, eleitor do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A discussão política degenerou em um confronto físico, no qual Rafael, depois de ter sua mão ferida por Benedito, tomou a faca e perseguiu a vítima. Ele a atingiu com facadas nas costas, olhos e garganta.

Ainda vivo, Benedito retaliou com uma pedrada no rosto de Rafael. Na sequência, o acusado buscou um machado e desferiu golpes no pescoço de Benedito.

Vanessa Assis Baruffi, promotora de Justiça, afirmou que, mesmo com Benedito agonizando e em sofrimento, Rafael continuou atacando, culminando em um golpe fatal de machado no pescoço. Após o crime, Rafael tentou ocultar as evidências jogando a faca perto do machado.

Diante das provas de autoria e materialidade, o Ministério Público pleiteou o julgamento pelo júri popular devido à extrema brutalidade do ato. Rafael foi pronunciado pela Justiça e posteriormente condenado a 14 anos de prisão em regime fechado pelo homicídio qualificado.