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POLÍCIA

Assassinos tinham ‘prazer e compulsão’ por matar; planejavam executar um motorista por dia, diz delegado

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O delegado Nilson Farias, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), disse que o trio localizado por suposto envolvimento na morte de três motoristas de aplicativo em Várzea Grande tinha o ‘prazer e compulsão’ por matar’. Ainda segundo a autoridade policial, eles pretendiam fazer uma vítima por dia. Os corpos de duas das vítimas foram encontrados na noite de segunda-feira (15).

O suspeito maior de idade identificado como, Lucas Ferreira da Silva, de 20 anos, prestou depoimento na manhã desta terça-feira (16), na  DHPP. Ele deverá passar por audiência de custódia ainda nesta terça- feira. Além deles, dois adolescentes, de 15 e 17 anos, foram apreendidos ao confessarem as execuções.

Os policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) foram informados sobre o desaparecimento de Elizeu Rosa Coelho, no dia 11 de abril. Já no final de semana, a DHPP foi informada sobre o desaparecimento de outros dois motoristas de aplicativo, sendo Márcio Rogério Carneiro e Nilson Nogueira, de 42 anos.

Durante o início das investigações, foi constatado que as vítimas desapareceram após aceitarem algumas corridas. Com a ajuda de imagens de câmera de segurança, os policiais conseguiram encontrar os três carros usados pelas vítimas. Todos foram localizados em Várzea Grande.

Três suspeitos, sendo dois menores de idade, foram encontrados no bairro Cristo Rei. Eles confessaram ter assassinado os três motoristas e apontaram a localização dos corpos. Ainda conforme a autoridade policial, os suspeitos teriam entrado em “compulsão” após conseguirem efetivar o primeiro assassinato.

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Ainda segundo o delegado, o trio envolvido nos crimes, não tinha critérios para escolher a próxima vítima. Eles utilizavam o celular de um parente para atrair os trabalhadores e quem aceitasse a corrida era o escolhido para morrer. 

Nilson explicou que duas vítimas foram esfaqueadas até a morte e outra foi executada a pauladas. Inclusive, a vontade de matar era tanta que a faca utilizada em um dos homicídios quebrou, mas os criminosos pegaram um canivete para concluir a matança.

“Era só chamar. Eles pegavam um telefone de algum parente e de forma aleatória acionaram um Uber e o que aceitasse era o escolhido para morrer. A última vítima morreu a pauladas e os outros dois morreram a facadas. Em um dos homicídios, a faca quebrou e, quando quebrou , usaram um canivete. Uma coisa bem apavorante que eu não consegui dormir até agora. É muito triste o que aconteceu. Estamos falando de uma barbárie sem precedentes”, declarou Nilson.

O delegado explicou que foi a partir da morte de Elizeu Coelho, de 58 anos, o primeiro motorista de aplicativo a desaparecer, que os suspeitos começaram a desenvolver uma espécie de compulsão por matar.

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A princípio, o adolescente de 17 começou a praticar os assassinatos porque queria demonstrar que o crime também vencia, em caráter de vingança. Isso porque, o irmão dele foi assassinado durante um roubo. Ocasião que o menor também foi baleado no tórax e perdeu um rim.

“O maior [de 20 anos] acabou entrando na situação pelo roubo, porém, na hora que ele matou junto com o menor [de 17], ele falou que sentiu prazer e que gostou da ideia. Inclusive, foi ele que falou pra gente que se não prendesse, eles não iriam parar. Iam continuar chamando motoristas de aplicativo, matando e ficando com o carro.  Eles desenvolveram essa compulsão a partir do Elizeu e resolveram não parar mais [de matar]. Eles queriam pegar o veículo, os valores, mas também ter o prazer de tirar a vida”, narrou Farias.

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Ainda segundo o delegado, o número de motoristas mortos era para ser ainda maior, uma vez que eles chegaram a abordar um trabalhador, mas ele foi poupado por ser evangélico.

“O primeiro motorista, eles libertaram porque o menor de 15 anos pediu para não matar. Nessa primeira ação eles não mataram. O motorista era evangélico, mostrou a foto da família e eles não mataram”, disse Farias.

O caso

Os motoristas Márcio Rogério Carneiro, 34 anos, Elizeu Rosa Coelho, 58 anos, e Nilson Nogueira, de 42, desapareceram na última semana em Cuiabá. Os três saíram para trabalhar e não retornaram. Os veículos de Elizeu e Márcio foram encontrados abandonados, mas nem sinal dos homens.

Na noite de segunda-feira (15), os corpos de Elizeu e Márcio foram localizados no bairro Jardim Petrópolis, na região do Chapéu do Sol, e em um lixão próximo do Capão do Pequi, ambos em Várzea Grande. No entanto, Nilson ainda não foi encontrado. A Polícia Civil realiza diligências para encontrar o corpo da terceira vítima.  

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